Manuel Castro Almeida não precisou de inserir no GPS as coordenadas para chegar a Albergaria-a-Velha, por caminhos cercados pelas chamas e pelo fumo dos incêndios que lavraram, durante cinco dias, no Norte e no Centro do País. O governante que Luís Montenegro escolheu para coordenar no terreno o apoio às vítimas dos fogos conhece a região como a palma da sua mão; e apesar das longas temporadas passadas nos corredores do Governo e do PSD, na capital, faz questão de nunca se demorar muito tempo longe do lugar onde lhe cresceram as raízes.
O ministro Adjunto e da Coesão Territorial nasceu em São João da Madeira, nos primeiros dias do outono de 1957. O seu carácter de “fazedor” – reconhecido unanimemente por todos com quem a VISÃO falou para este artigo – revelou-se, ainda na adolescência, quando tomou a iniciativa de bater à porta da câmara municipal local, quando tinha apenas 16 anos, para agarrar um posto como administrativo nos serviços daquela autarquia. Aliás, foi com estatuto de trabalhador-estudante que se formou em Direito pela Universidade de Coimbra, integrando o primeiro curso daquela faculdade no pós-25 de Abril (1975-1980).