Carlos César acusou Marcelo Rebelo de Sousa, este sábado, de não ter estado à altura dos acontecimentos políticos, perante o pedido de demissão de António Costa, a 7 de novembro de 2023. No congresso dos socialistas, que entronizam este fim de semana o novo líder, o presidente do PS destacou a atuação do primeiro-ministro para acusar Belém de contribuir para a crise política, que conduziu o País às legislativas de 10 de março.
“O País devia ter sido poupado a esta interrupção gerada pela decisão do Presidente da República de convocação de eleições antecipadas”, disse, referindo que “é hoje amplamente reconhecido que, nas circunstâncias então difundidas, o primeiro-ministro fez o que lhe era institucionalmente requerido”. “Mas o Presidente da República, em resposta, não fez o que politicamente era devido”, apontou, no início do segundo dia deste 24º. congresso do PS.
Todavia, com a saída de Costa e a eleição de Pedro Nuno, César pede agora foco na luta contra “a direita mais embusteira, mais radical e mais desvalorizadora do Estado e dos direitos dos cidadãos que já tivemos em Portugal desde o 25 de Abril”.
Segundo César, em causa, a 10 de março, estarão “aqueles que só se fazem notar à custa dos ‘engenheiros do caos’, ou pela grosseria da sua linguagem ou pelos enredos que encenam no teatro da política – aptidões em que a liderança do PSD, não raras vezes, suplanta as dos seus companheiros à direita”.
O dirigente considera que Pedro Nuno é o homem certo, no tempo certo, para levar a cabo a “renovação” necessária. Além disso, “há reclamações dos portugueses que importa atender“, disse, salientando a “necessidade de reconstruir a estabilidade política”.