Luís Filipe Castro Mendes
Poeta, ficcionista e diplomata. Nasceu em 1950, em Idanha-a-Nova, onde o pai cumpria serviço como juiz. Em 1974 licenciou-se em Direito na Universidade de Lisboa. É o homem escolhido por António Costa para substituir João Soares na pasta da cultura.
O diplomata
Luís Filipe Castro Mendes tem 66 anos e uma carreira na diplomacia, para onde entrou em 1975. Natural de Idanha-a-Nova, nestas quatro décadas que leva como diplomata passou por postos-chave como Luanda, Madrid, Paris, Rio de Janeiro, Budapeste e Nova Deli. Em 2010, substituiu Manuel Maria Carrilho na representação portuguesa na UNESCO. E, em 2012, assumiu funções no Conselho da Europa. Na sua carreira destaca-se ainda o tempo em que trabalhou como assessor do ministro dos Negócios Estrangeiros, Melo Antunes, em 1975. Ou a passagem pelo Palácio de Belém, quando foi adjunto do presidente Ramalho Eanes, em 1983.
O poeta
Castro Mendes tem mais de uma dezena de títulos publicados. A poesia é a sua grande paixão e foi a obra de Sophia de Mello Breyner que o inspirou nesta vertente tão importante da sua vida. O primeiro livro publicado foi Recados (1983), onde conta com uma série de mensagens para pessoas identificadas.
Mas foi com A Ilha dos Mortos!, de 1991, que venceu o prémio do PEN Clube, no ano seguinte. A musicalidade dos versos marcam a sua obra, onde se destacam ainda livros como O Jogo de Fazer Versos (1994) ou Seis Elegias e Outros Poemas (1985), galardoado com o prémio da Associação de Jornalistas e Homens de Letras do Porto.
O jornalista
A carreira do embaixador Castro Mendes contou ainda com uma breve passagem pelo jornalismo. Vivia-se ainda em ditadura e o jovem Luís Filipe era um dos colaboradores do jornal Diário de Lisboa-Juvenil, entre 1965 e 1967. Aí publicou já vários versos, mostrando os seus dotes de poeta. O seu nome esteve também ligado às lutas académicas e fez parte do MES – o Movimento da Esquerda Socialista. Apontado como próximo do PS, nunca foi militante.
O conselheiro
O novo ministro da Cultura era, até agora, representante português no Conselho da Europa, o organismo sediado em Estrasburgo que zela pela defesa dos Direitos Humanos e que alberga o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos. Um dos últimos atos a que assistiu, neste papel, foi a visita do Presidente Marcelo Rebelo de Sousa, esta semana, ao Parlamento Europeu.