O ex-presidente dos Estados Unidos, e de novo candidato à Casa Branca, estava acusado de falsificar os documentos contabilísticos do seu grupo de empresas, a Organização Trump, para ocultar um pagamento à atriz de filmes pornográficos Stormy Daniels destinado a evitar um escândalo sexual, num episódio que remonta ao final da sua campanha presidencial de 2016. Estavam em causa neste julgamento 34 falsificações de documentos contabilísticos.
Depois de terem debatido o caso durante mais de 12 horas, em dois dias, os 12 elementos do júri – sete homens e cinco mulheres – anunciaram esta quinta-feira ter chegado a um veredicto. A sentença será conhecida dentro de seis semanas, definida pelo juiz Juan Merchan, que preside ao julgamento. A falsificação de documentos contabilísticos punível com pena de até quatro anos de prisão, no estado de Nova Iorque.
Apesar de o julgamento não se destinar a apurar a existência do envolvimento sexual com Stormy Daniels, mas sim se Trump era culpado de 34 falsificações de documentos contabilísticos, nas últimas seis semanas o tribunal de Manhattan assistiu a uma novela de sexo, dinheiro e política, com a atriz a detalhar de de forma pormenorizada a relação sexual que alega ter tido com o ex-presidente. Trump sempre negou qualquer envolvimento de caráter sexual com Stormy Daniels, preferindo falar em “cabala política”.
Os documentos em causa terão sido falsificados para ocultar o reembolso do pagamento a Michael Cohen, ex-advogado pessoal do ex-presidente, ao longo do ano de 2017. Em tribunal, Cohen garantiu que Donald Trump o instruiu a pagar 130 mil dólares (cerca de 110 mil euros) à atriz em troca do seu silêncio sobre este caso que esta afirma ter ocorrido em 2006, quando Trump já era casado com Melania.. Para os procuradores do Ministério Público, desta forma, Trump corrompeu as presidenciais de 2016, ao comprar o silêncio da atriz.
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