“O Telegram, do ponto de vista da segurança nacional, é definitivamente um problema. É preciso entender isso. Sou absolutamente contra a opressão da liberdade de expressão, mas isto já é demais. No nosso país, qualquer pessoa pode criar um canal, começar a escrever nele o que quiser e, quando alguma coisa começa a ser feita, resguardam-se na liberdade de imprensa”, afirmou Budanov, citado pela agência Europa Press.
No início desta semana, o parlamento ucraniano registou um projeto de lei para regular plataformas de trocas de mensagem em larga escala, como o Telegram.
O texto do documento, segundo a agência noticiosa, que cita a congénere ucraniana Ukrinform aponta que estas plataformas podem ser “associadas a um Estado agressor”.
Ainda assim, Budanov admitiu que o Telegram também pode ser utilizdo pelas autoridades ucranianas para a difusão de informação para a população que vive em territórios temporariamente ocupados pela Rússia, como Donetsk, Lugansk, Kherson ou Zaporíjia — anexadas por Moscovo em 2022 — ou a península da Crimeia.
“O mais interessante do Telegram é que toda a gente o lê. Em muitos aspetos, tem um efeito destrutivo na Ucrânia, mas também é graças a ele que é possível comunicar algo às pessoas nos territórios ocupados”, apontou Budanov.
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