O Osprey é uma aeronave rápida que pode voar como um helicóptero ou como um avião, mas os incidentes registados ao longo dos anos levaram os críticos a alertar para a existência de falhas fatais no seu ‘design’.
Em 29 de novembro, o despenhamento no Japão de um aparelho desta tipologia vitimou oito membros da unidade de operações especiais da Força Aérea norte-americana junto à ilha de Yakushima. Toda a frota seria suspensa em 06 de dezembro.
De acordo com o Comando de Sistemas Aéreos dos Estados Unidos da América (EUA), este caso foi o segundo acidente fatal em poucos meses e o quarto em dois anos.
Antes de voltar a autorizar os voos da frota Osprey, as autoridades informaram que deram uma maior atenção a alguns pormenores técnicos e instituíram limitações, para além de terem adicionado inspeções de manutenção obrigatórias.
Embora as autoridades de fiscalização não tenham identificado o componente específico que terá falhado no acidente de novembro, porque a investigação conduzida pela Força Aérea ainda não foi concluída, informaram que neste momento têm mais elementos — mas ainda não totalmente suficientes — para identificar o motivo que desencadeou a falha e a consequente queda do aparelho.
“Esta é a primeira vez que vimos esta componente específica falhar desta forma. E isso não tem precedentes”, disse o coronel do Corpo de Fuzileiros Navais e diretor do programa conjunto do V-22 Osprey no Comando de Sistemas Aéreos Navais, Brian Taylor.
Um ex-piloto do Osprey familiarizado com a investigação confirmou que a componente em questão faz parte de um sistema crítico do motor que inclui engrenagens e embraiagens que conectam o motor da aeronave ao rotor para o fazer girar.
O Osprey só se tornou operacional em 2007, após décadas de testes. Desde então, tornou-se fundamental nas operações da Unidade de Fuzileiros Navais e do Comando de Operações Especiais da Força Aérea. Em análise, e antes do acidente de novembro, estava a sua utilização pela Marinha para substituir os seus aviões a hélice C-2 Greyhound, que transportam os efetivos de e para os porta-aviões no mar.
RJP // SCA