Berlusconi, 86 anos, deixou o hospital num carro preto, escoltado por vários veículos, sem fazer declarações à imprensa, segundo as agências espanhola EFE e francesa AFP.
Líder do partido de centro-direita Força Itália, que integra a coligação governamental, o magnata foi internado na unidade de cuidados intensivos em 05 de abril e, após 12 dias, foi transferido para uma enfermaria.
O proprietário do colosso Fininvest apareceu, há uma semana, num vídeo em que encorajava os italianos a votar nas eleições autárquicas realizadas em cerca de 800 municípios do país.
Anteriormente, tinha enviado uma primeira mensagem de vídeo para a convenção do partido, na qual afirmava estar pronto para regressar à luta.
No último relatório médico, divulgado em 03 de maio, cerca de um mês após ter sido hospitalizado, os médicos que o trataram explicaram que o estado clínico de Berlusconi era “estável e encorajador”.
Na altura, os médicos revelaram que Berlusconi estava a ser tratado a uma infeção pulmonar causada por uma leucemia mieloide crónica, uma forma de cancro do sangue que pode ocorrer principalmente em pessoas com mais de 60 anos.
Berlusconi foi hospitalizado várias vezes ao longo dos anos, numa delas para lhe ser implantado um estimulador cardíaco (‘pacemaker’).
O antigo primeiro-ministro, cargo que exerceu em três ocasiões, esteve também internado por causa da covid-19 e, em janeiro de 2022, para tratar uma infeção urinária.
Durante o tempo em que permaneceu no hospital, Berlusconi esteve acompanhado da companheira, a deputada Marta Fascina, 53 anos.
No hospital, recebeu a visita dos cinco filhos, amigos e aliados políticos, como a primeira-ministra, Giorgia Meloni.
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