Em maio do ano passado, foi noticiado que Thabo Bester, acusado de violar duas mulheres e matar uma delas, teria morrido na sequência de um incêndio, dentro da sua cela, na prisão de Mangaung, em Bloemfontein, Free State, na África do Sul.
Contudo, as amostras de ADN revelaram que o corpo que, supostamente, pertencia a Bester, não era seu, depois de surgirem relatos de que o homem tinha sido visto em Joanesburgo.
O sul-africano de 35 anos terá fingido a sua própria morte para conseguir fugir da prisão e na última sexta-feira, um ano após ter sido dado como morto, foi detido na Tanzânia.
Na última semana, a polícia tinha feito buscas numa casa de luxo que Bester terá arrendado num subúrbio de Joanesburgo, antes de fugir para a Tanzânia. De acordo com a agência de notícias sul-africana GroundUp, o criminoso estava a viver de forma luxuosa com Nandipha Magudumana, uma médica conhecida, que também foi presa, juntamente com um homem de nacionalidade moçambicana que os terá ajudado a passar as fronteiras até à Tanzânia.
Segundo com a mesma agência, o casal, que foi encontrado a cerca de 10 quilómetros da fronteira entre a Tanzânia e o Quénia, tinha consigo passaportes falsos. O processo de extradição para a África do Sul já foi iniciado e o casal enfrenta agora diversas acusações.
A fuga da prisão de Bester também levou, até agora, à detenção de pelo menos três funcionários da prisão de segurança máxima, antes administrada pela empresa de segurança britânica G4S – o governo sul-africano assumiu, entretanto, a administração -, devido ao seu possível envolvimento no plano de fuga do homem, de acordo com a Sky News.
Bester, que foi apelidado de “violador do Facebook”, já que usava esta rede social para conversar com as vítimas, foi condenado a prisão perpétua em 2012, por violação e homicídio.