Através da Internet, o mundo já viu o Estado Islâmico torturar, decapitar, fuzilar e apedrejar. Mas os jihadistas pareciam saber que as alegadas imagens da execução de Moaz al-Kasasbeh, 26 anos, tornadas públicas terça-feira à tarde, poderiam ser demasiadamente brutais e prepararam uma lista de justificações.
Dez minutos depois da divulgação do vídeo, apareceu online, no forum jihadista Al-Platform, a resposta que os seus simpatizantes poderão usar se questionados sobre a forma de execução do piloto jordano.
“Moaz foi queimado vivo, em baixo está a justificação do Estado Ismâmico”, lê-se no post, que termina: “Isto é o que deves dizer se confrontado com estas ações”.
Na mensagem, o Estado Islâmico admite que as pessoas vão interrogar-se “sobre se isto é ou não aprovado pela religão”. “A maioria dos estudiosos pensa que hoje é dia está certo queimar a vítima”, responde, em seguida. O mesmo post é comentado por vários elementos de grupo, que apresentam uma série de justificações religiosas.
O piloto jornado foi capturado em dezembro quando o seu F-16 se despenhou em Raqqa, na Síria, durante um raide da coligação liderada pelos Estados Unidos.