Antes de “Nino” Vieira ser sepultado no cemitério municipal de Bissau, foi realizado um rito das exéquias sem missa, uma cerimónia religiosa de despedida celebrada por um padre católico.
Segundo fonte religiosa, o Presidente guineense era baptizado.
A mulher de “Nino” Vieira não compareceu ao funeral do marido, bem como doze dos filhos do Chefe de Estado que hoje viajaram de Dacar para Bissau num avião militar senegalês.
Assistiram ao funeral membros do Governo guineense, diplomatas acreditados na capital do país, o núncio apostólico para vários países da África Ocidental, Luis Mariano Montemayor, o bispo de Bissau, D. José Câmnate Na Bissign, e elementos das delegações estrangeiras presentes para as cerimónias fúnebres de “Nino” Vieira.
Não foi observado nenhum Chefe de Estado estrangeiro no funeral do Presidente da Guiné-Bissau.
Antes do funeral, o corpo do Presidente da República esteve em câmara ardente, guardado por quatro elementos da Polícia Militar, de onde partiu em cortejo para o cemitério, ao longo de mais de uma hora, atrasando ainda mais a cerimónia.
Ainda no edifício do parlamento, no discurso em memória de “Nino” Vieira, o Presidente interino guineense, Raimundo Pereira, considerou que o assassínio do chefe de Estado, bem como do Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, general Tagmé Na Waié, representam “uma afronta às instituições da República”.
O Presidente guineense foi assassinado a 02 de Março durante um ataque à sua residência, levado a cabo por militares, horas depois do atentado à bomba que matou o Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, Tagmé Na Waié, cujo funeral se realizou no domingo.