A grande afluência de pessoas aos centros comerciais de todo o País no dia de reabertura gerou uma faturação 25% superior à média das segundas-feiras de abril de 2019, antes da pandemia.
O maior crescimento foi nos artigos desportivos cujas venderam mais que duplicaram no período em comparação. Seguiram-se as perfumarias, com um aumento de 84%, e as sapatarias, com um volume de negócios 79% superior à média das segundas-feiras de abril de 2019.
Os dados recolhidos pela Reduniq, rede nacional de pagamento através de cartões bancários, mostram ainda que os pronto-a-vestir e as ourivesarias foram os outros setores com maior procura, com crescimentos de 35% e 21% respetivamente.
Mas esta não foi uma tendência que se estendesse a todos os comerciantes. No caso da restauração dos centros comerciais, apesar da elevada afluência de pessoas no dia 19 de abril, as receitas ficaram 7% abaixo da média das segundas-feiras de abril de 2019. O diretor da Reduniq, Tiago Oom, admite que esta situação “poderá dever-se às limitações do número de pessoas nestes estabelecimentos”.
Os supermercados inseridos em centros comerciais baixaram a receita em 11%, o que se deve ao facto destes pontos de venda nunca terem encerrado durante o período de confinamento. Q
Já os cinemas não conseguiram ainda captar a confiança dos utilizadores. Apesar da abertura, as receitas caíram 89% no período em análise.
Os centros comerciais estiveram encerrados desde janeiro, reabrindo nesta terceira fase de desconfinamento, com longas filas de espera, especialmente nas grandes cidades.