Terminar este ano com uma redução de 50% dos custos da Sonangol é um dos principais objetivos da administração de Isabel dos Santos que, por esta via, quer “acrescentar valor ao negócio”. A filha do presidente angolano quer que a Sonangol, a empresa estatal do ramo petrolífero, volte a focar-se somente naquilo que é o seu negócio principal: o petróleo e o gás.
Durante a sua intervenção na CERAWeek que pode ver aqui, a cimeira internacional de energia a decorrer até dia 10 em Houston, cidade do estado norte americano do Texas, Isabel dos Santos comprometeu-se ainda a “reforçar a capacidade de fiscalização do Estado” nos negócios petrolíferos e a “aumentar a transparência operacional e financeira” do setor, de modo ter as contas o mais atualizadas possíveis.
O seu principal objetivo é “aumentar a rentabilidade e eficiência” de um negócio que tem sofrido com a decida do custo do seu principal ativo, o petróleo. “Precisamos de construir um modelo que seja muito mais resistente às mudanças no preço do petróleo para evitarmos estar tão vulneráveis a estas variações”, referiu Isabel dos Santos. “Temos de nos voltar a concentrar no nosso core business”, citando exemplos de outras grandes companhias petrolíferas que estão a desinvestir em áreas não essenciais e a focar-se novamente no negócio tradicional.
Isabel dos Santos foi diretamente nomeada, há cerca de um ano, pelo pai, José Eduardo dos Santos, para presidir à Sonangol e pôr a casa em ordem. Contudo, a sua continuidade à frente da empresa está a ser cada vez mais contestada. Mas a empresária tem reafirmado que terminará o mandato. Melhorar a competitividade do setor petrolífero angolano no contexto internacional é uma das suas pretensões, já qeu considera que as empresas estão a trabalhar de uma forma desajustada e “desatualizada”.