A decisão de construir a A26, entre Sines e Beja, foi um “equívoco técnico”, porque não se justificava, e os 35 milhões de euros gastos nos lanços cancelados foram “mal” aplicados, considera a Estradas de Portugal (EP).
A decisão foi “um equívoco técnico”, porque “o tráfego previsto não justificava a criação de uma autoestrada dispendiosa para ficar literalmente sem trânsito”, refere a EP, numa resposta por escrito a perguntas colocadas pela agência Lusa.
Segundo a EP, nas obras canceladas de construção dos lanços da A26 entre Relvas Verdes e Grândola e entre Santa Margarida do Sado e Beja “foram gastos cerca de 35 milhões de euros”.
O cancelamento da construção de lanços da A26, que ligaria Sines e Beja, é “nefasto” e uma “machada” no desenvolvimento do Baixo Alentejo, segundo representantes dos autarcas e empresários locais, que, em alternativa, exigem a requalificação do IP8.
A Estradas de Portugal (EP) chegou a um acordo com a Estradas da Planície, que prevê uma poupança para o Estado de 338 milhões de euros na subconcessão Baixo Alentejo, através de várias medidas, como o cancelamento da construção dos lanços da A26 entre Relvas Verdes e Grândola e entre Santa Margarida do Sado e Beja.
“É uma machada naquilo que era a perspetiva de desenvolvimento” do Baixo Alentejo e “significa que as entidades governamentais e a EP não estão a olhar para esta região como deviam”, disse à agência Lusa o presidente da Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo (CIMBAL), José Maria Pós-de-Mina.