As bolsas norte-americanas registaram a pior semana verificada desde Janeiro, condicionadas pelos problemas financeiros dos países da Zona Euro, pela incerteza em torno da acusação de fraude da Goldman Sach pela SEC e ainda pelos receios de alterações na regulação do sistema financeiro. Apesar destes condicionantes, os dados económicos divulgados foram positivos: aumento da confiança dos consumidores, diminuição dos pedidos de subsídios de desemprego e o crescimento de 3,2% no PIB do 1.ºTrim.. Esta semana, a Reserva Federal (FED) manteve inalterada a sua política monetária e reviu em alta o ‘outlook’ para a economia.
O drama do problema financeiro grego contagiou alguns países da Zona Euro gerando um efeito dominó. Portugal esteve na “debaixo de fogo” depois da agência de notações financeiras (‘ratings’) Standard & Poor’s ter revisto em baixa a qualidade da dívida pública portuguesa de A+ para A-, devido à fragilidade das contas públicas e às perspectivas de fraco crescimento económico. A Espanha também não escapou ilesa à revisão em baixa da qualidade da sua dívida pública. Na semana, a Bolsa Portuguesa liderou a tabela das perdas mas os índices DAX, CAC, IBEX e FTSE também sofreram perdas elevadas de -2%, -3,4%, -3,9% e -3%, respectivamente. Em contra-ciclo, a bolsa de Atenas terminou em terreno positivo com uma variação de 0,7%.
Na Ásia, o destaque vai para a bolsa chinesa que perdeu 3,8% na semana, -7,7% no mês e que, com -12,4%, lidera a tabela das perdas desde o início do ano. Esta semana, o índice Nikkei da bolsa de Tóquio escapou ileso às quedas da generalidade dos índices internacionais, com uma valorização de 1,3%.