A administração do Banco Privado Português (BPP) já havia confirmado, em comunicado, que a sede da instituição estava a ser alvo de buscas, escusando-se a adiantar o motivo.
“A administração do Banco Privado Português comunica que hoje [terça-feira], pelas 9h30, apresentou-se na sede do Banco uma equipa de investigação dirigida por um juiz de Instrução, munida de um mandado de busca e apreensão de documentos, no âmbito de um processo a correr no Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa”, lê-se no comunicado.
Fonte judicial disse hoje à agência Lusa que a busca realizada às instalações do Banco Privado Português (BPP), em Lisboa, visou, “fundamentalmente”, apreender registos de movimentos bancários, que podem estar relacionados com aplicações financeiras suspeitas.
Segundo a mesma fonte, embora as investigações estejam ainda numa fase inicial, há suspeitas de branqueamento de capitais e burla qualificada, não sendo de excluir a falsificação de documentos.
A fonte adiantou que a investigação, da competência do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa, pretende “avaliar o que o banco fez e não deveria ter feito”, tendo a busca sido presidida por um juiz do Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa (TIC), já que a lei processual penal assim o impõe quando se trata de um estabelecimento bancário.
Este tipo de busca é “morosa”, porque é necessário ter acesso aos computadores para obter cópias dos registos bancários, disse a mesma fonte.