O deputado Paulo Rios, coordenador do PSD na comissão parlamentar de inquérito à TAP, comparou a atual situação política atual e o caso de Frederico Pinheiro a 1973, ano em que ainda vigorava a ditadura em Portugal, referindo-se, por duas vezes, a António Costa como o “presidente do conselho”, a designação formal de António Salazar.
Numa intervenção na CPI à TAP, Paulo Rios declarou que o País está a atravessar uma “asfixia no funcionamento das instituições”, acrescentando que a acção do SIS junto do ex-adjunto do ministro das Infraestruturas, João Galamba, “lembra o de que pior tem o exercício do poder”, numa clara referência à PIDE, a polícia política do Estado Novo.
Nas intervenções finais, André Ventura anunciou a apresentação de um requerimento para “intimar” o ministério das Infraestruturas para a entrega das imagens de videovigilância da noite de 26 de abril. Isto depois de, membros do gabinete de João Galamba, terem emitido um comunicado, no qual afirmam que Frederico Pinheiro mentiu á comissão de inquérito sobre os factos da noite de 26 de abril.
Segundo a mesma nota, perante a intenção de Frederico Pinheiro de levar o computador de serviço do ministério, “onde estava proibido de entrar”, foi-lhe “solicitado que não o fizesse, tendo o mesmo, na sequência, procedido à agressão de duas pessoas que o tentavam impedir”.
“As imagens de videovigilância do edifício mostrarão, com toda a certeza, o estado de cólera em que Frederico Pinheiro se encontrava nesses momentos, arremessando inclusivamente a bicicleta contra a fachada do edifício”, lê-se na nota.
Em reação a este comunicado, Frederico Pinheiro declarou-se “chocado” com esta iniciativa.