Depois de em outubro terem esgotado a Altice Arena, em Lisboa, com este mesmo espetáculo, os Xutos & Pontapés voltam a reunir-se com a Orquestra Filarmónica Portuguesa, desta vez no Porto, para duas noites de concerto que coincidem com mais um aniversário da banda, o 43º. Foi numa sexta-feira 13, em janeiro de 1979, que tudo começou, num curto mas intenso concerto nos Alunos de Apolo, em Lisboa.
“Nem estava planeado assinalarmos a data”, conta Tim à VISÃO, mas a elevada procura de bilhetes obrigou o grupo a uma segunda noite de concerto. “Como 13 era o único dia disponível, juntou-se o útil ao agradável, até porque sabe sempre bem passar o aniversário em palco”, confessa o baixista e vocalista. “O projeto partiu de um desafio da Altice Arena aos Xutos”, que por sua vez convidaram o Maestro Osvaldo Ferreira para dirigir os mais de 70 músicos da Orquestra Filarmónica Portuguesa a interpretarem, com instrumentos clássicos, alguns dos temas mais emblemáticos da banda, com arranjos feitos pelo pianista Mário Laginha, o brasileiro Ricardo Cândido, o americano Saunders Choi e o francês Nicolas Mazmanian.
Devido às restrições da pandemia, os ensaios foram inicialmente feitos à distância e só depois, já quase na véspera da primeira atuação, é que Tim, Kalú, João Cabeleira e Gui se juntaram à orquestra durante três dias. “Apesar de já não ser a primeira vez que os Xutos tocam com uma formação clássica, nunca tínhamos dado um concerto inteiro, com mais de 20 temas, o que nos obrigou a estarmos muito atentos e concentrados durante a primeira atuação”, sublinha Tim. Agora, reconhece, “está tudo muito mais oleado e vai ser um momento de grande celebração”. Afinal, os aniversários, redondos ou não, só se cumprem uma vez.
Xutos e Pontapés com Orquestra Filarmónica Portuguesa > Super Bock Arena – Pavilhão Rosa Mota > R. de Dom Manuel II, Jardins do Palácio de Cristal, Porto > T. 22 050 3257 > 13-14 jan, qui-sex 21h30 > €25 a €75