Sempre que está num lugar remoto, Céline Cousteau pensa no avô, Jacques Cousteau, que percorreu todos os continentes com a sua equipa de exploradores. Aos 47 anos, a franco-americana, exímia atleta e mergulhadora, fluente em francês, inglês e espanhol, recorda as viagens no barco do avô e de este a ter ensinado a mergulhar. Nos dois documentários, com cerca de uma hora cada, este domingo, 23, em estreia no canal Odisseia, Céline quer salientar uma lição que o avô lhe passou: “Protegemos melhor o que aprendemos a amar.”
No ano em que Céline nascia, 1972, o comandante Cousteau navegou as águas chilenas e regressou um homem diferente, mais determinado do que nunca em salvar o planeta e preocupado com o destino das baleias-azuis. Tendo sido o primeiro explorador a filmá-las debaixo de água, já nessa altura a sobrevivência da espécie estava em causa. Céline pegou nesse legado e regressou aos lugares de míticas expedições e, mais do que querer comparar o passado com o presente, interessa-lhe conhecer os heróis de hoje. No primeiro episódio, Patagónia, Mar de Gelo, faz-se ao mar numa aventura marítima de três mil quilómetros pela costa chilena, acompanhada de vários especialistas e de um caderno onde guarda desenhos, fotografias, observações suas e histórias contadas pelo avô. Através de imagens panorâmicas captadas por drones ou por câmaras debaixo de água, a viagem segue o rasto das baleias-azuis, o maior animal que alguma vez habitou a Terra, nem os dinossauros se aproximavam do seu tamanho. Pelo meio há colónias de leões-marinhos, um cemitério submerso de baleias, tanques cheios de salmão, num mar de aquacultura. No fim, continuam a ser encontradas novas espécies.
No Mundo com Céline Cousteau > Patagónia, Mar de Gelo (Episódio 1) > Estreia 23 jun, 16h > Patagónia, Terra de Fogo (Episódio 2) > Estreia 30 jun, dom 16h