Há 400 anos, a ópera nascia para contar histórias. Eram reflexões da sociedade da época, através do poder da voz, que tiveram o seu apogeu no século XIX. Mas essa forma de expressão artística, com forte carácter analítico e até visionário, foi-se afastando, naturalmente, ao criar conceitos difíceis de compreender e ao se dirigir apenas a uma elite, pelo que, nos dias de hoje, a ópera continua a estar muito longe dos grandes públicos. Com o programa Super Diva, Catarina Molder pretende voltar a contar histórias, desbravando as maiores óperas mundiais. A soprano portuguesa quer levar a música clássica a todos. Depois de duas séries, em 2012 e em 2015, a terceira temporada regressa ainda mais criativa, com 13 novos episódios.
Cada ópera será contextualizada pelo musicólogo Rui Vieira Nery. Só depois uma das suas árias mais emblemáticas é condensada numa curta-metragem, assinada pelo realizador João Vladimiro. Entre cada rubrica, passam trechos das melhores produções de ópera de sempre do acervo da Unitel, umas das maiores distribuidoras mundiais do género. Em Twitter Opera veremos óperas no formato de curta- -metragem, encomendadas aos compositores Luís Soldado e Nuno Côrte-Real, ligando a temática de cada ópera à atualidade. O programa não termina sem Misturas Líricas, em que nomes da música nacional, como Dead Combo, Cassette Pirata, Iguana Garcia, Ricardo Toscano Quarteto, Pedro Moutinho ou Mitó e as Señoritas, cantam e tocam as suas versões de grandes hits operáticos. Como um ser humano consegue produzir o som mais potente de todos os instrumentos acústicos? Não é para todos, e neste programa vamos ouvir os melhores.
A ópera mais vista de sempre, A Flauta Mágica (1791), de Mozart, abre a terceira série de Super Diva, em que veremos o dueto do Papagueno e da Papaguena, com Catarina Molder e Rui Baeta, e os Memória de Peixe, numa versão psicadélica da ária Feroz Vingança Arde no Meio Peito.
Super Diva – Ópera para Todos > Estreia 6 dez, qui 23h05