1. Maputo, Moçambique
Viveu na capital moçambicana, “o local mais magnífico do mundo”, entre os 16 e os 23 anos, e ficou profundamente marcado pela magia da cidade. Guarda memórias “da maneira aberta como as pessoas se relacionavam, do cheiro das acácias, do chamamento da mesquita ao final da tarde”. Nunca regressou, e “a nostalgia é tremenda”.
2. A Grande Beleza, Paolo Sorrentino
Foi um dos últimos filmes impactantes que viu. “Deixou-me maravilhado… Sorrentino é um esteta, e o tema tocou-me muito, um balanço sobre a vida, com a exploração dos conflitos interiores” da personagem principal, Jep Gambardella, escritor e jornalista cansado da futilidade da elite de Roma.
3. Douro
Durante a infância e a adolescência, foi forçado a mudar regularmente de casa. Viveu um ano particularmente feliz no Douro, com uns familiares de Mesão Frio. “Foi uma revelação, a vida ali era muito mais interessante do que na cidade”, conta. Ficou encantado com a maneira de estar das pessoas, mais do que com as paisagens durienses. “Aprendi como se brincava a roubar fruta.”
4. Ópera do Malandro, Chico Buarque
Na tradicional divisão entre Chico e Caetano, posiciona-se claramente na equipa dos fãs do primeiro. “A maneira como brinca com as letras, em canções como Geni e o Zepelim, é absolutamente genial.”
5. Sem Penas, de Woody Allen
Este livro do humorista e realizador norte-americano apontou-lhe o caminho para o humor que gostaria de escrever. “Não estava sozinho no mundo; outras pessoas pensavam as mesmas coisas parvas.”
6. Candeeiros
É fascinado por candeeiros, sobretudo de meados do século XX. “Quando estou a trabalhar, à procura de inspiração, ajuda-me olhar para objetos bonitos.”