Em outubro do ano passado, o australiano Lachlan Cox abriu o Mestre Patas, uma creche para cães
José Caria
1. Mestre Pastas: Como no infantário
Chegam de manhã, brincam, aprendem, dormem a sesta e depois voltam para casa. Ou não
Tocar à campainha e ser recebido com a cauda a abanar não acontece todos os dias. Mas foi assim que Fred nos recebeu quando a porta do Mestre Patas, em Benfica, se abriu. Não é costume o cão de água português fazer de cicerone, mas aproveitamos a coincidência porque é por ele que começa a história desta creche para cães. Quando Lachlan Cox e a mulher o adotaram, depararam-se com o problema do “sozinho em casa”. “O Fred sofria de ansiedade de separação e o dog sitting não resolvia o problema. Uma vez tivemos de viajar e deixámo-lo num hotel para cães. A experiência de ficar fechado numa box foi traumática para ele, que não tem uma história passada bonita de se contar”. E isto bastou para Lachlan mudar de vida. Em outubro do ano passado abriu uma creche para cães de todas as idades e feitios, como o australiano, a viver em Portugal há quatro anos, gosta de lhe chamar. E que pudemos confirmar, quando nos juntámos à turma de sete que, nessa manhã, está no grande pátio ao ar livre. Estão à solta, que é assim que se promove a socialização, e mal veem o frisbee correm todos à espera que Lachlan o atire. Para lhes estimular o lado caçador, nada como esconder uns biscoitos pelo pátio. Tudo jogos, físicos e mentais, “para que cheguem a casa, equilibrados e cansados”, explica Lachlan.
Caso a ida até Benfica não calhe em caminho, existe uma carrinha que os vai buscar e levar a casa. E, se precisar de ir para fora, Lachlan e a mulher, e outras três famílias de acolhimento, recebem estes alunos especiais em sua casa. É o caso de Blue, a pastora alemã que ainda se está a ambientar à creche e vai ficar o fim de semana com o casal. E com Fred, claro.
Mestre Patas > R. dos Arneiros, 125-A, Lisboa > T. 91 548 5180 > seg-sex 9h30-19h > €15/dia, €27/2 x semana, €210/mês, sem inscrição > dog táxi a partir de €5/dia (ida e volta)
Maria João Lello criou o Nina Maria, um negócio de fabrico de biscoitos para animais que também organiza festas de aniversário com decoração a condizer. “Se os donos estiverem felizes, transmitem essa emoção aos cães”, acredita a empresária
Lucília Monteiro
2. Nina Maria: Parabéns a eles
Quem disse que os cães não têm direito a festa de anos?
No Dia do Animal, a 4 de outubro, Maria João Lello, da Nina Maria, marca de biscoitos caseiros para cão, chegou cedo para pôr a mesa no Centro Hospitalar Veterinário do Porto, que, ao longo do dia, há de celebrar os 13 anos do labrador Gastão. Decorada em tons de azul, tem biscoitos (patinhas de amendoim), cupcakes (perdão, pupcakes de alfarroba a imitar chocolate) feitos com farinha de arroz e aveia, e brigadeiros de cenoura. “Só não podem ter açúcar nem sal. Tentamos que a percentagem de proteína seja superior à de hidratos”, explica Maria João, ex-diretora de marketing que, há cinco anos, começou o projeto quando olhou para a embalagem de biscoitos que dava à sua cadela Nina Maria. As receitas foram criadas por um veterinário e uma engenheira zootécnica.
Pachorrento, o aniversariante Gastão (com direito a gravata e chapéu em forma de cone) está deitado no chão. Mas quando o chamam para lhe dar uma patinha de amendoim, o labrador arrebita as orelhas e aproxima-se da mesa. “Sempre festejei o aniversário dos meus animais. Se os donos estiverem felizes, transmitem essa emoção aos cães”, acredita Maria João.
Nina Maria > Lavra, Matosinhos > T. 93 842 3417 > bolo de aniversário (a partir €13), festa de aniversário (a partir €75)
Joana Soares criou o Gato Fica, um serviço de catsitting
Direitos Reservados
3. O Gato Fica: Em casa é que se está bem
Os gatos não gostam de sair do seu território. Mas há solução para que as ausências dos donos não sejam um problema
Sempre que Joana Soares tinha de se ausentar de Lisboa, lá tinha que pedinchar a alguém para que fosse lá a casa tratar dos seus três gatos. Ainda tentou encontrar um serviço profissional, mas a informação era sempre deficiente e não a deixava descansada. Se a necessidade aguça o engenho, o estágio em medicina felina ajudou-a perceber que o que gostaria de fazer era trabalhar com gatos. “Foi tudo muito rápido”, conta Joana. “Sabia exatamente que tipo de serviços queria oferecer e só precisei de um dia para criar o nome e uma página no Facebook”. O Gato Fica foi lançado a 2 de julho de 2014 e, no final desse mês, Joana já tinha a agenda de agosto toda preenchida.
“Os gatos são territoriais e solitários. Precisam de rotina para se sentirem confortáveis”, explica Joana. Quando os donos se ausentam – seja em trabalho, por um fim de semana ou de férias –, existem vários tipos de visita: da mais básica, em que é dada comida fresca e trocada a areia da caixa, a visitas que incluem um tempo para brincadeiras (indicado para gatos bebés, por exemplo). O êxito d’O Gato Fica, por um lado, e a necessidade de tornar o serviço mais profissional, levou Joana a contratar mais duas pessoas. Além das visitas, a equipa faz também aconselhamento sobre introdução de outro animal em casa, e avaliações de comportamento e bem-estar que ajudam a corrigir problemas, como o arranhar do sofá. E, se por algum motivo não conseguir levar o gato à consulta do veterinário, a Joana, a Catarina ou a Rita também o podem ajudar.
O Gato Fica > www.ogatofica.com > visitas €7,50-€16 (Lisboa, até três gatos), fora de Lisboa acresce uma taxa de deslocação

O lema do projeto fotográfico de Magda Pacheco, Tail Waggerz, é “Freeze Happiness” – qualquer coisa como “congelar a felicidade” através das imagens
Magda Pacheco
4. Tail Waggerz Photo: “Say cheese”!
A fotógrafa que capta os animais para a posteridade
Magda Pacheco, 23 anos, divide-se entre as aulas do curso de Medicina Veterinária, no Porto, e as sessões fotográficas do seu projeto Tail Waggerz – nome a lembrar os “abanadores de caudas”. “Gosto de pensar nos cães felizes”, confessa. Há três anos, quando visitou uma exposição canina em Matosinhos, não imaginava que o que até aí era um passatempo se tornaria um projeto de fotografia animal. “Percebi que as pessoas gostavam das fotos que tirava aos cães. Nunca tive jeito para fotografar pessoas ou edifícios”, conta. Só na casa que partilha com uma amiga, em Aveiro, tem um beagle (Calvin) e quatro cavaliers (Cooper, Emma, Liah e Deeply), os primeiros protagonistas das suas fotos.
O lema do Tail Waggerz é “Freeze Happiness” – qualquer coisa como “congelar a felicidade” através das imagens. As sessões de fotografia são normalmente feitas em jardins ou parques onde os animais possam sentir-se livres (e felizes, pois). “Capturar o espírito do animal e mostrá-lo da mesma maneira que os donos o veem” é o objetivo da fotógrafa, que costuma atrair a atenção do cão com um biscoito ou um brinquedo.
Tail Waggerz Photo > tailwaggerz.photo @gmail.com > €30 (uma sessão)

O Soundwich, no Parque da Cidade do Porto, conta com um Menu Cão que inclui água, ração e biscoito
5. Soundwich: Sai um menu canídeo
Nesta esplanada, o animal não fica de barriga vazia
Desde que abriu o Soundwich, há cinco anos, no Parque da Cidade do Porto, que Joana Lencastre não hesitou em ter um menu para os canídeos. “Quem tem um cão quer andar sempre com ele, e o animal não ia ficar a olhar para o dono”, justifica aquela que é uma das sócias da esplanada. Enquanto lancham ou tomam café, os donos sabem que podem pedir o Menu Cão (€4,50, com €0,50 a reverter para a Sociedade Protetora dos Animais), que inclui água, ração e onde não falta sequer a sobremesa (um biscoito). É o que acontece com Beatriz Maria, 13 anos, que, quando ali vai lanchar com a família, pede o menu para a sua cadela Badu. “O cão é sempre o primeiro a ser atendido com uma taça de água. Chegam aqui cansados depois das corridas no Parque”, conta Joana.
Soundwich > Av. do Parque, 595, Porto > T. 22 322 8117 > seg-sex 12h-20h, sáb-dom 10h-20h
O Instituto Animal, em Lisboa, é uma escola para animais e para quem com eles se relaciona
José Caria
6. Instituto do Animal: Uma escola para todos
Às aulas para donos, treinadores e veterinários, junta-se uma creche para cães
Chegam de língua de fora, caudas espetadas para cima e, passada a cancela que evita escapadelas, não há mãos que cheguem para tanto focinho que pede uma festa. Para Serry, adotado num canil, este é o primeiro dia na creche do Instituto Animal, no bairro lisboeta de Marvila, e, passada a confusão, procura refúgio junto de nós. “Os passeios, duas vezes por dia, fazem parte da rotina e são uma boa forma de ir introduzindo um novo elemento no grupo”, explica Antonieta Vendrell, coordenadora da creche. “Falta-nos o Choco, que não veio hoje. Dá-se bem com todos, o que nos ajuda a fazer a integração.”
A funcionar desde janeiro, a creche surgiu a pedido de muitos donos que já frequentavam os cursos e as sessões de esclarecimento. “Um gato que começa a fazer chichi fora do areão ou um cão que destrói a casa quando o dono vai trabalhar são situações que ajudamos a resolver”, exemplifica Sílvia Machado, fundadora do instituto. Também treinadores e veterinários encontram aqui formação com tudo o que tenha a ver com comportamento e psicologia animal. “Tanto mais que os cursos profissionais não contemplam estas áreas”, sustenta Sílvia. A conversa é interrompida por Arch, o pinscher com nome de deus grego, que adora colo. Por enquanto, têm uma turma de cães, tanto mais que a lotação máxima são 15 “alunos”. Para descansar a dona de Serry, que está preocupada com a sua adaptação à creche, Antonieta há de enviar uma fotografia. Já na caderneta, que vem todos os dias na mochila, tomará nota de como correu este seu primeiro dia.
Instituto do Animal > Pç. David Leandro Silva, 24, Lisboa > T. 21 868 0421 / 91 777 1185 > creche: seg-sex 9h-17h > €86/1 x semana, €150/2 x semana, €269/mês, €75 inscrição
A piscina aquecida do Hospital Veterinária Mais Animais, na Maia, é usada tanto para lazer como para reabilitação dos animais
Lucília Monteiro
7. Hospital Veterinário Mais Animais: Férias dos donos
Um hospital que mais parece um turismo rural
Lua, a labrador retriever com dois anos, já sabe de cor o caminho para a piscina e, com o focinho, empurra a porta de entrada. Nessa noite, dormiu num dos cinco quartos VID (Very Important Dog) do Hospital Veterinário Mais Animais, aberto em 2015 pela médica veterinária Sara Curvelo. É aqui que fica quando os donos se ausentam de casa, tem direito a sofá, manta, música ambiente, jardim privado e uma câmara para que a sua estada possa ser acompanhada à distância (€26/noite). “Não é um canil, é um quarto”, afirma Sara.
Do que Lua mais gosta é da piscina. “Esta menina precisa de nadar para gastar energias”, continua a veterinária. As águas (26 graus) são também usadas para reabilitação, como acontecerá a seguir com Bela, uma cadela que sofre de displasia da anca. Trata-se de um hospital veterinário com todos os serviços de uma unidade clínica, embora, conta Sara, seja como “um turismo rural onde os cães fazem férias dos donos”.
Hospital Veterinário Mais Animais > R. dos Milheirados, 21, S. Pedro de Fins, Maia > T. 22 969 0408 > seg-sex 9h30-20h30, sáb 9h30-17h30, dom 10h-13h, 15h-18h

“É uma relação familiar e de confiança que se estabelece, quer com os donos quer com os animais. E isso é muito recompensador”, diz a veterinária Mary Leacock que dá consultas ao domícilio
Direitos Reservados
8. Home Vets: “Senhora doutora, preciso de si”
Quando a ida à clínica é um verdadeiro filme, a veterinária vem a casa
Mary Leacock estava convencida de que seriam mais os donos de gatos a chamá-la a casa. “Na realidade, vejo mais cães”, conta a veterinária que há cinco anos decidiu trabalhar por conta própria. “Aborrecia-me estar numa clínica, à espera que viessem ter comigo. E comecei a pensar num serviço que fosse mais fácil para os donos e, sobretudo, mais confortável para os animais.”
Na lista de pacientes, que vão de Lisboa a Cascais, tem gatos que vomitavam ou ficavam agressivos quando iam à clínica, e muitos cães já velhotes ou com doenças crónicas que precisam de visitas regulares. “A vantagem de ir a casa compensa também quem tem mais do que um animal”, salienta a veterinária que, volta não volta, ruma a Benavente para ver seis cães. “Ando sempre carregada, com todo o tipo de medicamentos, material de colheita de sangue e tudo o mais que é preciso. Caso seja necessário uma ecografia ou a opinião de um oftalmologista, por exemplo, tenho uma equipa com quem trabalho”, conta no seu português com sotaque (Mary é filha de mãe portuguesa e pai inglês). “Quando os meus cães me veem na rua, saltam logo a pedir uma festa. É uma relação familiar e de confiança que se estabelece, quer com os donos quer com os animais. E isso é muito recompensador.”
Home Vets: Veterinarian in Lisbon > T. 96 247 3525 > consultas a partir de €45 (fora de Lisboa, acresce taxa de deslocação)

Mónica Diniz abriu o único pet club do Porto a pensar nos patudos e nos donos que ali podem ficar a tomar um café
Rui Duarte Silva
9. Pet Club: Um clube de convívio
É café para os donos, zona de lazer para os cães
Foi por amor aos seus cães, Camila e Valentina, que Mónica Diniz teve a ideia de abrir, em março, em Matosinhos, o único pet club da região. “A ideia é ser um centro para os nossos patudos, onde os donos podem estar a tomar um café”, explica. Além da venda de todo o tipo de acessórios para cães (entre roupa, camas, brinquedos ou trelas), tem uma zona de creche (chamam-lhe Cãofusão), onde os animais podem passar o dia (€3/hora) correndo por toda a loja, e uma área de banhos e tosquias com vista de mar. Enquanto isso, os donos convivem no Pet Coffee – conhecida pela zona de Cãovivio – sem terem que deixar os animais à porta.
Pet Club > R. Roberto Ivens, 1383, Matosinhos > T. 91 088 0688 > ter-sáb 10h30-19h30

O Banho ao Bicho distingue-se pelo serviço de banho self-service
Jose Caria
10. Banho ao Bicho: Penteados e bem cheirosos
Em Lisboa, já há um sítio onde pode ir dar banho ao cão ou ao gato e, depois, alguém limpa a confusão
A montra do Banho ao Bicho, no bairro de Alvalade, em Lisboa, já faz parte da rota de quem gosta de dar um passeio por estas ruas. “Ao fim de semana, é certinho. Vão à Conchanata comprar um gelado e depois passam por aqui, para ver os cães a ser penteados”, conta Cláudia Trabuco, a proprietária. João Paulo Martins é o groomer do Banho ao Bicho, mestre na arte da tesoura e dos cuidados que o pelo dos cães exige.
Na mesa de trabalho, depois de ter tomado banho e de pelo bem seco, está Kiko, o spitz alemão de Inês Ortigueira, e o primeiro cliente do Banho ao Bicho, desde que abriu em junho de 2016. “Vinha com o pelo arruinado, porque lhe passaram a máquina. Esta raça, tal como o chow chow, por exemplo, não pode ser simplesmente rapado. Tem sido uma recuperação gradual”, explica João Paulo. Além do grooming (que inclui lavagem, escovagem e corte, corte das unhas e limpeza dos ouvidos), das tosquias básicas e da remoção de pelo morto (para raças como o Labrador, Beagle ou o Pastor Alemão, por exemplo), o Banho ao Bicho distingue-se pelo serviço self-service. À disposição estão quatro banheiras individuais, champô, toalhas descartáveis, secador, escova e pente. Não precisa de fazer marcação, basta aparecer com o cão ou o gato. E isso, sim, é um luxo, já que não existe nada do género em Lisboa.
Banho ao Bicho > R. Acácio Paiva, 11D, Lisboa > T. 91 210 8815 > qua-dom 11h-20h > self-service a partir de €5, tosquia a partir de €20, grooming a partir de €35 (os preços variam consoante o peso do animal e do tipo de pelo)
O Centro Tiago Patel funciona em Janas, Sintra. Para quem mora em Lisboa foram criados dois pontos de entrega e recolha dos cães: no Parque das Nações e em Sete Rios
José Caria
11: Centro Tiago Patel: Um dia de cão
Enquanto os donos trabalham, os animais estão no atelier de tempos livres
A primeira pergunta que Tiago Patel nos fez quando marcámos encontro, foi se tínhamos medo de cães. Uma forma simpática de nos preparar para o que nos esperava nos três hectares de terreno em Janas, em Sintra: 25 cães e cadelas que, para não ficarem o dia todo sozinhos enquanto os donos estão a trabalhar, vieram para o ateliê de tempos livres (ATL), um dos serviços que este centro de atividades proporciona. Ali podem correr, saltar, ladrar, estar com outros “amigos” de raças e idades diferentes, aprendendo também a interagir com as pessoas. Sempre acompanhados por uma equipa profissional, formada por este engenheiro de produção animal convertido em encantador de cães (leia-se treinador, com dez anos de experiência).
Para pôr todos a correr, é soltar a bola de Pilates que nenhum consegue agarrar. No meio da correria, Tiago nota tensão: “A agressividade é natural, perceber quando surge, nível e natureza é o importante. E depois corrigir”. Como faz com Pipa, que gosta de festas e atenção, e volta e meia nos salta para cima. Às atividades mais “explosivas”, juntam-se outras tão ou mais importantes, como espalhar comida pelo terreno. “Estimula o olfato, a concentração e aprendem a procurar, ao invés de lutar”, explica Tiago. O dia no ATL é puxado, por isso não aconselha mais do que três vezes por semana. A complementar o ATL, e o treino personalizado, existe ainda o Acãopamento: um verdadeiro acampamento para cães, e para a equipa que dorme em tendas, que funciona durante o mês de agosto, enquanto os donos vão de férias descansados.
Centro Tiago Patel > Estr. de São Mamede, 26A, Janas, Sintra > T. 96 748 6674 / 96 448 4262 > ATL seg-sex 10h-16h30 > a partir de €8/dia (sem transporte) > treino €18-€30 (por sessão)

O parque canino no Jardim do Campo Grande foi o primeiro a abrir em Lisboa
Alexandre Bordalo
12. Parque Canino Jardim do Campo Grande: Liberdade na cidade
Fazer exercício, gastar energias e conviver. Estes parques são reservados aos cães
À falta de um parque para cães em Odivelas, Júlio Gomes traz Dusty, um podengo português de pelo curto, ao Jardim do Campo Grande. O recinto, aberto em 2013, foi o primeiro em Lisboa. “É importante que na cidade existam sítios assim, onde eles podem correr e gastar energias. E quantos mais houver, melhor”, diz Júlio que, sobretudo ao sábado e ao domingo, vê o parque ficar cheio de cães. Este verão, abriram em Lisboa dois parques caninos – no Jardim Fernando Pessa, em Alvalade, e no Jardim Braamcamp Freire, em Arroios. O projeto inclui a construção de mais 20, espalhados pela cidade e com áreas diferentes. Aos seis meses, a energia de Dusty parece não acabar. “Até já perguntei ao veterinário se é normal”, confessa Júlio. “Mas ele diz que eles sabem quando devem parar. Estou aqui pelo menos uma hora, o que já é suficiente para ele comer e dormir melhor.”
Jardim do Campo Grande > Campo Grande, Lisboa
E ainda…
‘A Cidade a 4 Patas – Guia para Cães e Gatos Felizes’
O trabalho era árduo e pedia os melhores especialistas. Rita Sá Marques e Maria Teixeira Simões agarraram no seu “pequeno mas exigente contingente de cães e gatos” e, na Grande Lisboa e na Margem Sul, levaram-no a cheirar jardins e esplanadas, a refastelar-se em sofás amigos, à escola e ao médico, ao banho à tosquia. Nas raras ocasiões em que isso não foi possível (serviços funerários, por exemplo, ou viagens de avião), as mentoras do projeto falaram com quem já tinha vivido a situação. Daqui resultou este A Cidade a 4 Patas – Guia para Cães e Gatos Felizes (Prime Books, 152 págs., €14,90), com textos da jornalista Maria João Guardão, à venda no site da editora e nas livrarias a partir de 2 de novembro.
