Começaram por carolice, os sabonetes artesanais Bonjardim – o nome foi escolhido mais ou menos ao acaso e remete-nos para uma conhecida Rua do Porto. Mas, aos poucos, transformou-se num negócio de paixão de um grupo de engenheiras químicas e de microbiologia da Wedoeko, no Porto. A equipa trabalhava num projeto de investigação e desenvolvimento de substâncias e materiais portugueses quando se deu conta do impacto dos sabonetes de azeite em países como Itália e Grécia. “Porque não os produzimos por cá? Sendo Portugal um país produtor de azeite, fazia todo o sentido”, constataram. Teresa Oliveira, engenheira bioquímica, conta-nos que demorou dois anos e meio mas, desde meados do ano passado, que os sabonetes Bonjardim estão a conquistar o mercado nacional e não só (há contactos para internacionalizar o produto para Inglaterra e Alemanha). Feitos de forma artesanal – à media de mil a dois mil por mês –, usam o azeite virgem extra como ingrediente principal, além de óleos essenciais biológicos extraídos de plantas. Indicados, por isso, para peles sensíveis e atópicas. “Não fazem tanta espuma, mas são mais amigos da pele”, salienta Teresa. A Bonjardim já tem cinco sabonetes diferentes: o erva-limão, o alfazema-alecrim, o árvore do chá-laranja, o de laranja e um sem qualquer perfume. Todos são embalados em papel reciclado, com padrões de azulejos portugueses copiados de casas que tanto podem estar no Porto como em Lisboa ou em Ovar e que, entretanto, deu origem a um projeto mais vasto de georreferenciação: o Mapping Our Tiles. Embrulhados à mão, os sabonetes podem ser encontrados, por exemplo, nas lojas do Museu de Serralves, da Universidade do Porto, Workshops Pop Up (Porto e Lisboa), Museu do Oriente (Lisboa), Sardinha Fresh Souvenirs (Loulé) e Convento do Espinheiro (Évora).
Os sabonetes Bonjardim (a partir €7) são embrulhados à mão, em papel reciclado, com os mesmos padrões de azulejos encontrados em casas portuguesas de norte a sul.
www.bonjardim.pt > T. 22 509 3124