É preciso passar a porta e descer dois lanços de escadas em pedra para entrar no Bosco. No último verão, os sócios deste projeto (os mesmos donos do Base, a poucos metros daqui, junto aos Clérigos) começaram por abrir um bar entre os limoeiros e as laranjeiras no lindíssimo jardim da Cooperativa Árvore, a associação cultural nascida há 60 anos no Porto. O objetivo, no entanto, foi sempre o de reabrir o restaurante fechado desde 2019.
Das janelas a toda a volta desta sala com 50 lugares (que há de duplicar quando abrir a esplanada), avista-se a zona da Alfândega até ao casario de Vila Nova de Gaia, o rio Douro e o vizinho Jardim das Virtudes. A ideia, diz João Marques, um dos sócios, “é que este lugar possa ser vivido o dia todo”.
Servindo uma cozinha ibérica de partilha, acompanhada de vinhos (de todas as regiões do País e estrangeiros, da Argentina à Nova Zelândia) ou de cocktails desde o meio-dia em diante, a ementa tanto pode ser saboreada no bar exterior como no interior do restaurante.
Na sala, renovada pelo arquiteto António Bessa Cruz – que apostou em madeiras naturais –, a refeição pode iniciar-se com pão tostado com tomate e presunto 5 Jotas; salada Bloody Mary (tomate com burrata, crumble e alcaparrões), carpaccio de novilho ou atum laminado dos Açores servido com molho ponzu e kumquat (citrino) em pickle.
Nos pratos principais, constam ravioli (feitos pela artesanal Nonna Pasta Fresca) de shiitake, camarão tigre, bacalhau confitado ou, as estrelas da casa, as três paelhas: nero com polvo, magret de pato e de carabineiro.
Tiramisù, pavlova de maçã e castanha ou tarte basca são opções para sobremesa neste Bosco, que se define como “um jardim vivo” com ligação artística, “porque a cozinha, os vinhos e a música [às sextas e aos sábados há DJ set] também são formas de arte”, reforça João Marques.
Bosco > R. de Azevedo Albuquerque, 1, Porto > T. 93 629 0956 > ter-qui 12h-24h, sex-sáb 12h-2h, dom 12h-20h