É impossível passar ao lado das portas pintadas de cor de tijolo. Da antiga Casa Margaridense, datada de 1880, mantém-se também o balcão de madeira, do tempo em que lá se compravam especialidades como o pão de ló de receita tradicional e a marmelada caseira.
No interior, permanecem ainda o relógio de parede, os armários, agora iluminados e cheios de garrafas de vinho, e as traves de madeira no teto. “A casa já era bonita, não havia que inventar muito. Mudámos um pouco a iluminação, trouxemos algumas garrafas, quadros e espelhos antigos”, diz Xulio Santiños, galego a viver em Portugal há 24 anos.
Desde o final de setembro, o edifício histórico do Porto, classificado como Património Municipal, na Travessa de Cedofeita, tem novos inquilinos que lhe conferiram uma nova vida. Depois de mercearia, bar e salão de chá, reabre portas como Assador Portuense. “É uma homenagem à cidade que tão bem me recebeu, e onde me sinto em casa, com opções diferentes do que há na Baixa”, afirma Xulio, que percorreu centenas de quilómetros para escolher “algumas das melhores carnes do mundo”. Entre estas, figuram os cortes especiais de vaca velha DOP arouquesa e barrosã.
Antes de irmos à grelha, instalada no pátio interior, onde estão a ultimar o tomahawk (€68,50/kg), o costelão de barrosã (€94/kg) e o suculento T-bone de vaca arouquesa (€98,50/kg), aconchegamos o estômago com um pratinho de moelas (€4,70), croquetes de alheira (€6,30/quatro unidades) e as irresistíveis iscas de bacalhau (€7,90/quatro unidades), a lembrar petiscos de outros tempos. Chegam depois uma reconfortante canja de galinha (€3) e o caldo-verde (€4).
Para quem não quer carne, Xulio Santiños (que tem também a taberna galega Morriña) sugere lombo de bacalhau da Islândia à portuense (€23,90) e a espetada de tofu com beringela grelhada (€13,70). Para adoçar a boca, servem bolo de bolacha ou de chocolate (ambos €4,70).
Assador Portuense > Tv. de Cedofeita, 20A, Porto > T. 92 759 2286 > qui-seg 12h30-14h30, 19h30-22h30
