Ao final de tarde, a música animada e o postigo com bar aberto para a rua do Da Noi, no bairro lisboeta da Madragoa, despertam a atenção e fazem abrandar o passo para se beber um copo e petiscar. “Para nós, fazia sentido estar numa rua mais sossegada, queremos fazer as coisas à nossa maneira e não nos sentirmos influenciados pelas pessoas que passam pela zona”, dizem Michael Londjine e Tomás Blades, formados em gestão hoteleira e proprietários deste restaurante na Rua do Machadinho.
Ali, a refeição começa e termina (segundo nos contam mais tarde), inevitavelmente do lado de fora da porta, a beber um dos cocktails ou uma flute de champanhe, em ambiente descontraído, como se estivéssemos em casa de amigos – não é à toa que escolheram a expressão italiana da noi (que significa, em português, a nossa casa), para nome do restaurante. Antes de entrar, para acompanhar a bebida, sugerem-nos o snack feito com feijão-branco, com cacio e pepe (€9), de travo picante e viciante, capaz de surpreender até os mais palatos mais exigentes.
Antes de se pedirem os pratos principais, há outras entradas a ter conta, ideais para esta refeição de partilha, como o taco de atum com wasabi e abacate (€9) e o escalope de foie gras, com compota de figo (€10). Nos pratos com mais substância, o gnocchi feito na casa com molho de trufa e parmesão (€14) e a barriga de porco crocante com sambal (um condimento picante, tradicional da Indonésia) têm sido os mais pedidos – e, como podemos (com)provar mais tarde, merecem o destaque. Nesta categoria, ficámos curiosos com o franguinho com limão, mel e tomilho (€15), que ficará para uma próxima visita. Para sobremesa, a banana tatin, com gelado de baunilha, e o cocktail The Spicy (€7), com tequilla, maracujá e malagueta, fizeram prolongar a hora da partida.
Da Noi > R. do Machadinho, 44, Lisboa > T. 21 390 0802, 96 184 6415 > seg-qui 18h-1h, sex-sáb 18h-2h