A causa de tanta preocupação dá pelo nome de Eek e foi identificada em fevereiro, poucos dias depois de o país iniciar o seu plano de vacinação contra a Covid-19. Trata-se de uma nova variante do coronavírus SARS- CoV-2, registada inicialmente num centro de imigração em Tóquio, e que no mês passado foi já responsável por 70% dos internamentos nos hospitais da capital japonesa.
Segundo disse Makoto Shimoaraiso, responsável pelo gabinete de resposta à Covid-19 no Japão, citado pela Reuters, perante estes dados, o levantamento recente do estado de emergência no país pode ter mesmo de ser revisto. “A quarta vaga vai ser maior”, sublinhou, adiantando que o mais certo é serem retomadas restrições específicas na zona da capital, onde a mutação E484K – nome científico da “Eek”, parece estar agora a assumir uma posição dominante.
Depois de ter passado boa parte de 2020, desde o início da pandemia, em estado de emergência e sob fortes restrições, foi depois do Ano Novo que o país viveu a mais mortífera das vagas da pandemia. No final de fevereiro, as restrições começaram a ser levantadas e o país preparava-se para prosseguir o desconfinamento.
Mas agora, a pouco mais de 100 dias dos Jogos Olímpicos, previstos para julho, as autoridades receiam estar a braços com mais uma onda crescente de infeções e os efeitos disso podem ir além do cancelamento da passagem do testemunho da tocha olímpica na cidade de Osaka, prevista para os dias 13 e 14 de abril, e anulada há menos de uma semana. Uma medida acompanhada já do apertar das restrições tanto naquela região, como em Hyogo e Miyagi, também instadas a cancelar quaisquer outro evento do género.
Quanto aos Jogos em si, adiados desde o verão passado, o primeiro-ministro japonês, Yoshihide Suga, por ora, continua a insistir que “decorrerão como previsto”: Nem que tenham de “expandir as medidas já tomadas em Osaka para Tóquio e outros locais”.
