O risco de ataque cardíaco é máximo às 22 horas da noite de consoada, sugere uma nova pesquisa conduzida por investigadores suecos. A equipa examinou detalhadamente mais de 200 mil eventos de ataques cardíacos registados na Suécia entre 1998 e 2013, com o objetivo de perceber quais tinham sido os dias mais fatais.
Os resultados mostraram que, num dia normal, foram registados 50 ataques cardíacos. Já no dia 24 de dezembro o número de eventos subiu para 69, registando um aumento de 37%, com mais incidência às 22 horas dessa noite.
Os investigadores também deram conta de que o risco de ataque cardíaco aumenta 22% no dia 26 de Dezembro, celebrado no Reino Unido (e em outros países como a Austrália, a Nova Zelândia e no Canadá) e conhecido como Boxing Day.
Relativamente à noite de passagem do ano, não há registo de qualquer aumento das ocorrências, embora os pesquisadores afirmem que os sintomas de ataque cardíaco possam ter sido ocultados pelo álcool.
Já no primeiro dia do ano o risco foi 20% maior e a equipa justifica este resultado com possíveis excessos do dia anterior, como álcool e alimentos, demasiada exposição a temperaturas frias durante a noite de festejos e privação do sono.
Os autores do estudo, publicado na revista científica Bristish Medical Journal, acreditam que os resultados encontrados têm a ver com a forma como as pessoas festejam estes dias: o stress e ansiedade próprios destas festas, alguma tristeza, por vezes, já que as emoções são vividas de forma mais intensa e se pensa mais nos gastos financeiros, mas também a ingestão excessiva de alimentos e álcool e viagens longas podem aumentar o risco de ataque cardíaco.
A equipa acredita que este aumento no número de eventos pode estar, também, relacionado com a gripe, que se torna mais comum nesta altura e que aumenta o risco de ataque cardíaco, principalmente em pessoas com mais de 65 anos com problemas cardíacos