No livro, Leo Galland, médico e especialista em “medicina integrativa” e Jonathan Galland, um dos principais divulgadores do tema nos EUA, propõem-se revelar “toda a surpreendente verdade” sobre a forma como caímos às mãos das alergias e como podemos alcançar a cura.
“Nas alergias, o trabalho de detetive é a procura de estímulos. Nada produz um alívio tão drástico e total como identificar um estímulo alérgico e eliminá-lo”, escrevem.
“Por vezes, o estímulo é óbvio porque os sintomas são imediatos e a exposição a ele é episódica. Regra geral, a alergia a gatos ou a amendoins enquadra-se na categoria ‘óbvia'”. Mas porque muitos outros estímulos não são óbvios, segue-se uma lista para ajudar o leitor a identificar os estímulos não óbvios dos seus sintomas alérgicos:
Alguns sintomas são (anote os seus):
– Cansaço – físico ou mental
– Mal-estar geral ou indisposição
– Problemas de peso
– Dores
– Azia
– Dor abdominal
– Dor nas costas ou no pescoço
– Dor nas articulações
– Dor muscular
– Problemas de sono
– Perturbações de humor
– Problemas cognitivos
– Tonturas
– Comichão, inchaço ou vermelhidão
– Nariz a escorrer, espirros
– Gotejamento pós-nasal, pigarreio
– Sensação anormal de olfato ou paladar
– Tosse
– Dificuldade em respirar
– Palpitações
– Gases
– Diarreia
– Obstipação
– Pele seca ou escamada
– Acne
– Queda de cabelo
– Outros sintomas que sente
Responda agora às perguntas que se seguem para cada sintoma na lista de sintomas que anotou. Estas perguntas referem-se a sintomas que variam em gravidade ou que vêm e vão. Estes são os tipos de estímulos mais comuns, mas a lista não é exaustiva.
– Existe um ritmo para a ocorrência ou gravidade do sintoma?
– É pior durante a noite ou pela manhã, ao acordar?
Pode ser alguma coisa que comeu na noite anterior.
Pode ser alguma coisa no seu quarto:
– Pó e ácaros são os alergénios mais comuns do quarto. Escondem-se em tapetes, cortinados, almofadas, colchões, livros e bonecos de peluche.
– Detergente ou amaciador para a roupa usados nos lençóis podem ser um problema.
– Houve uma fuga de água ou inundação, talvez numa casa de banho adjacente?
– Há muito mobiliário de madeira prensada ou contraplacado? Quando os móveis são novos ou estão molhados, podem libertar formaldeído, um alergénio e irritante.
– Há um tapete ou cortinados novos, ou a divisão foi pintada recentemente? Estes compostos orgânicos voláteis (COV) que se libertam sob a forma de gás podem provocar sintomas alérgicos ou tóxicos.
– O seu colchão é novo ou muito velho? Em qualquer dos casos, pode ser uma fonte de COV.
– O seu animal de estimação dorme consigo?
– O sintoma não é mau de manhã, mas piora à noite ou à medida que o dia vai passando?
Considere a possibilidade de ser alérgico a um alimento que ingere todos os dias.
– Piora nos dias de semana?
Talvez haja um estímulo no emprego ou na escola.
– Piora nos fins de semana?
– Muda a sua alimentação e as bebidas ao fim de semana?
– Como passa o tempo livre nos fins de semana? Onde é que vai?
– Piora antes do período menstrual?
Pode ser alérgica a progesterona. Depois da ovulação, o nível de progesterona no corpo sobe drasticamente. Precisará de um bom alergologista para fazer essa análise.
Pode ser alérgica a fungos. O nível de fungos no seu corpo aumenta antes do período menstrual, devido aos níveis mais elevados de progesterona.
– Piora na primavera?
É provável que seja alérgico ao pólen. Verifique os níveis de pólen na sua região na altura do pico dos sintomas.
– Piora no final do verão ou no princípio do outono?
É provável que seja alérgico ao pólen. Verifique os níveis de pólen na sua região na altura do pico dos sintomas.
– Piora em meados ou no fim do outono?
– É provável que seja alérgico ao bolor. Verifique a contagem de esporos de bolor na sua região.
– Piora quando chega o calor?
Verifique se há contaminação no sistema de ar condicionado. O bolor é uma forte possibilidade, embora em algumas pessoas seja apenas uma reação ao ar frio.
– Melhora a meio do inverno, quando está muito frio?
É provável que seja bolor ou pólen.
– Melhora no verão, esteja onde estiver?
A alergia alimentar costuma melhorar no verão.
– Há lugares onde o sintoma tem maior probabilidade de ocorrer ou piorar?
– No interior: considere a possibilidade de bolor, pó, ácaros ou alguma contaminação ou poluição na sua casa ou local de trabalho. Existe uma longa lista de possibilidades.
– No exterior: considere a possibilidade de bolor, pólen ou poluição atmosférica.
– No campo: considere o bolor, pólen local ou poluição agrícola.
– Na cidade: considere a poluição de escapes de veículos, fumos de diesel, lavandarias e outras fontes urbanas.
– No seu carro?
Se for novo, é provável que tenha níveis elevados de COV. Se for velho, procure bolor ou fugas no sistema de escape.
– Em comboios ou aviões: os COV de produtos de limpeza são possíveis culpados.
– Num hotel:
Se for novo, ou tiver sido renovado recentemente, é provável que a alergia se deva aos COV de produtos de limpeza, mobiliário ou materiais de construção; Se for velho, é provável que seja bolor ou pó.
– Há lugares onde é menos provável que o sintoma ocorra ou tem menor probabilidade de ser grave?
– De férias? Talvez haja alguma coisa na sua casa ou local de trabalho com alergénios.
– No campo, nas montanhas, na praia? Talvez seja um poluente no ar da cidade.
– Na cidade? Talvez sejam esporos de bolor exterior.
– Há condições ambientais em que é mais provável que o sintoma ocorra ou piore?
– Tempo húmido? Podem ser esporos de bolor exterior.
– Antes de uma trovoada? Provavelmente, esporos de bolor exterior.
– Em dias limpos e ventosos? Provavelmente, pólen ou pó.
– Há atividades durante ou depois das quais é mais provável que o sintoma ocorra ou piore?
– Limpeza da casa? Pense em pó.
– Jardinagem? Pense em bolor.
– Comer ou beber? Pense em alimentos.
– Toma medicamentos que parecem piorar os sintomas?
– Antibióticos? Se não for alérgico ao antibiótico, talvez seja alérgico ao fungo que está a crescer nos seus intestinos por causa do medicamento. Ao destruir as bactérias, os antibióticos deixam o seu aparelho digestivo propenso a um crescimento excessivo de fungos.
– Toma medicamentos que lhe pareça fazer melhorar o sintoma?
– Anti-histamínicos? Os sintomas que estes medicamentos ajudam a tratar são muitas vezes causados por alergia.
– Corticosteroides? Regra geral, aliviam os sintomas da alergia enquanto está a tomá-los e também podem ajudar a reduzir a inflamação não alérgica. No entanto, os corticosteroides têm efeitos secundários muito sérios.
– Antibióticos? Normalmente, ajudam as infeções bacterianas, mas alguns têm efeitos anti-inflamatórios que são distintos dos efeitos antibióticos. Considere três possibilidades: O sintoma que melhora com um antibiótico é o resultado de uma infeção bacteriana que é consequência da inflamação causada por um problema alérgico subjacente; O problema alérgico é o resultado de uma infeção bacteriana; A melhoria não está relacionada com o efeito antibiótico da medicação. Existe outra explicação
O Grande Livro das Alergias, de Leo Galland com Jonathan Galland, Lua de Papel