A Dinamarca vai construir uma ilha artificial no Mar do Norte para albergar uma central com capacidade para “gerar energia suficiente para 10 milhões de lares”, congratulou-se o ministro do Clima e Energia, Dan Joergensen, após um acordo multipartidário ter viabilizado “a maior construção da história da Dinamarca”.
A ilha terá a dimensão de 18 campos de futebol (120 mil m2) e a central irá aproveitar os ventos do Mar do Norte para gerar energia verde através de 200 turbinas eólicas instaladas à sua volta. Orçamentado em 28 mil milhões de euros, o projeto será uma parceria público-privada, com 51% do capital a pertencer ao Estado.
O início da construção está previsto para 2026 e a conclusão da obra não deverá ocorrer antes de 2033, mas o ministro acredita que, com os contributos do setor privado, os prazos possam ser antecipados. Os próximos cinco anos serão dedicados a encontrar os parceiros indicados, a realizar estudos de impacto ambiental e a definir outros países que poderão vir a beneficiar da produção de energia, uma vez que esta vai ultrapassar em larga escala as necessidades da população dinamarquesa.
“É um grande momento para a Dinamarca e para a transição verde global. Esta decisão marca o início de uma nova era na produção de energia renovável na Dinamarca e no mundo”, sublinhou o ministro Dan Joergensen.
Em conjunto com um projeto paralelo na ilha de Bornholm, no Mar Báltico, a Dinamarca passará a produzir mais 12 gigawatts de energia eólica do que a sua capacidade atual – ou seja, dez vezes mais.