Em 2030 (já olho para estas datas com crescente desconfiança e distanciamento), Portugal, Espanha e Marrocos irão organizar o Campeonato Mundial de Futebol. É uma boa notícia para nós, que já temos, de facto, a experiência do Euro – um sucesso – e uma parte importante das infraestruturas necessárias.
Nada disso falta à Espanha, sendo Marrocos quem terá de fazer o maior esforço nos próximos cinco anos. Contudo, esse investimento resultará na dotação do que atualmente lhe falta, beneficiando diretamente os marroquinos. É também um evento de grande relevância por unir dois continentes e três nações que, ao longo da história, lutaram pela sua independência e pelo seu orgulho.
A única dificuldade, que pode ser decisiva, é que não é possível, nem mesmo com a ajuda da Inteligência Artificial, prever em que contexto geoestratégico, económico e político estaremos enquanto Europa, Norte de África e parceiros aliados. O nosso mundo está extraordinariamente imprevisível e instável, tornando inválidas quaisquer projeções a cinco anos.
Uma coisa é certa: Trump já não estará na Casa Branca, e uma onda de mudanças atravessará os países europeus. Quanto a Putin, permanece uma incógnita, e as guerras que conhecemos poderão não ser as que enfrentaremos em 2030. Mas apostamos no Mundial.
Os textos nesta secção refletem a opinião pessoal dos autores. Não representam a VISÃO nem espelham o seu posicionamento editorial.