Em Portugal, todos os dias, estão a morrer centenas de pessoas, em especial idosos. É mais uma razia como a que se viveu em 2020 e 2021 com o Covid. É do tempo frio e das vulnerabilidades da idade, explicam. Estão a gozar. Só podem. Há um rasto infindável de mortos que se acumulam nos hospitais, e não estamos na Ucrânia ou em Gaza.
O ministro da Saúde está fora da realidade, em gestão, com um SNS incapaz de acorrer às urgências que a situação requer. Dezembro acabou em desastre, e o início do ano não augura melhor sorte para os mais frágeis e desprotegidos. Ou é da gripe A, ou de Covid, ou de qualquer outra coisa que aniquila às centenas, todos os dias.
O primeiro-ministro tem de olhar para esta catástrofe silenciosa, que só agora começa a ganhar impacto mediático. Pouco a pouco, sem gritos nem ranger de dentes, estão a desaparecer os que se safaram do Covid, com a resposta musculada do SNS, e do Governo. Agora vai tudo a eito.
Como as urgências estão sem resposta em diversas valências, e as equipas esgotadas, acumulam-se as baixas nos corredores hospitalares, e desta vez com um Governo desatento, e um país político apenas ocupado com «casinhos» laterais e minúsculos. Ontem morreram 501 pessoas, a maioria substancial dos 65 anos para cima. No dia anterior foram 531. E hoje?
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