- Numa frente de mil quilómetros, as forças ucranianas estão em combate ofensivo em quatro zonas. Passo a passo, reconquistam vilas e testam as defesas russas, em equipamento e número de soldados. É a primeira fase da batalha. Os ucranianos querem chegar ao Mar de Azov, cortando a principal via de abastecimento terrestre da Rússia, isolando a Crimeia e empurrando o exército invasor para a fronteira.
- Estas batalhas iniciais envolvem milhares de soldados ucranianos e equipamentos modernos, mas estão muito longe de serem a grande ofensiva que ainda está para acontecer. Essa terá todo o peso e a envergadura das poderosas forças militares da Ucrânia, que se prepararam e equiparam durante meses.
- Não foi Kiev que revelou isso, mas os russos já perceberam que ainda não enfrentaram a força principal. O presidente da Comissão de Defesa do Parlamento britânico, Tobias Ellwood, um ex-ministro, confirmou esse cenário, muito ao gosto de Zelensky e de suas chefias militares, para confundir e despistar.
- Nesta fase inicial, um elemento ajudou as forças de Kiev: os ataques noturnos. Os russos estão mal equipados para enfrentar as capacidades de visão noturna dos soldados, tanques e blindados ucranianos. Nas zonas ocupadas, não se dorme à noite. É um terror, e a próxima fase, obviamente, será lançada durante a noite ou madrugada, preferencialmente com a Lua Nova.
- Por tudo isso, e desconfiado como é, Putin reconheceu que seu país está a atravessar uma fase muito difícil, antecipando o que ainda está para vir. Com a operação especial e a loucura de querer absorver um país independente, a Rússia, com ou sem o atual presidente, terá que voltar às suas fronteiras originais, sem a Crimeia nem a base naval de Sevastopol. Putin quis tudo, e vai ficar sem nada.
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