Numa era onde cada vez mais temas como a sustentabilidade e o uso de materiais naturais se tornam relevantes, parece-me importante perceber se isto continua a responder a uma tendência, ou se por outro lado, vai mais além, e, é uma forma de nos interligamos e integrarmos na natureza utilizando materiais como a palhinha, as madeiras, o rattan, a pedra, bambu, sisal, linho… todos eles no seu estado natural.
As inúmeras opções de utilização destes materiais vão desde revestimentos de paredes, tetos, divisórias e podem chegar até aos revestimentos de portas. No fundo, são elementos gerais que compõem os ambientes. Não obstante, na hora de decorar, temos novamente uma panóplia de opções que vão desde: mesas de apoio, mesas de jantar, bancos, banquetas, camas, iluminação, poltronas a objetos decorativos. Este estilo passou a ser transversal e facilmente integrado até em outros estilos, sendo eles mais ou menos requintados, mais ou menos minimalistas. Ele caracteriza-se pela sua forte personalidade, com uma identidade artesanal que cada vez mais se tem vindo a tornar desejável e atraente, quer pela sua simplicidade, quer pela conexão com a natureza.
A par disto, e para ainda sublinhar mais esta tendência, são utilizadas plantas que não só criam algum contraste cromático, como também transmitem uma sensação de tranquilidade. Também a utilização de papel de parede é muito válida, no sentido em que fornece mais textura ao ambiente, assim como os tapetes, onde conseguimos ir buscar esse apontamento mais de natureza.
É importante percebermos que as tendências vão e vem, é algo circular, e isso significa que torna-se fundamental os espaços terem a nossa cara, não basta estarem na berra. É preciso que eles falem de nós, nos definam! Seja pelas cores, pelo tipo de mobiliário ou pelo estilo. É vital sentirmo-nos confortáveis e convidados a usufruir da nossa casa e, nesse sentido, devemos assumir esta comunhão entre materiais e natureza.
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