Hilário Martinho terminou de preencher o formulário e suspendeu a mão sobre o teclado num vitorioso gesto que lhe fez lembrar os gladiadores no momento da execução do vencido. Era o final de uma extenuante batalha de perguntas e respostas para preencher um formulário digital. Tratava-se da tão esperada candidatura para que pudesse ingressar num curso da universidade para reformados. Não havia para ele nada tão sonhado como as aulas para vencer as vagarosas horas daqueles dias tão velozes.
Voltou a reler o questionário para comprovar que não havia nenhum lapso. Tudo certo. Um prolongado suspiro acompanhou o golpe do dedo no teclado. Mas eis que, do fundo luminoso do ecrã, emerge uma nova exigência: