No final de fevereiro de 2022, apenas uma semana após o início da invasão russa, os dirigentes ucranianos estavam com dificuldades em organizar a resistência, devido ao apagão das redes de comunicação. Desesperado, o vice-primeiro-ministro ucraniano, Mykhailo Fedorov, recorreu ao Twitter para lançar um apelo público a Elon Musk. Em tom dramático, pediu ao homem mais rico do mundo para descer, literalmente, à Terra: “Enquanto tenta colonizar Marte, a Rússia tenta ocupar a Ucrânia! Enquanto os seus foguetes pousam com sucesso vindos do Espaço, os foguetes russos atacam civis ucranianos! Por favor, forneça estações Starlink à Ucrânia.”
Em menos de 12 horas, Elon Musk respondeu afirmativamente e deu ordens para que a sua rede de internet de alta velocidade, assente numa constelação de milhares de satélites à órbita da Terra, passasse a ser acessível aos ucranianos, permitindo-lhes uma estrutura de comunicação alternativa para organizarem a resistência. Mais importante ainda: a rede Starlink foi fundamental para guiar os drones ucranianos, que vigiavam as movimentações militares russas, e, por essa via, desencadeavam ataques com um alto nível de precisão.