Redação, 07 out (Lusa) — Vários investigadores ouvidos pela Lusa afirmaram que a influência dos meios de comunicação sobre a sensação de insegurança da população é significativa e criticaram o tratamento dado a vários atos pelos “media”.
Para o investigador e doutorado em Criminologia José Pires Leal, a perspetiva de insegurança “depende do capital escolar que as pessoas têm, da capacidade de se questionarem sobre a informação a que estão sujeitas, de não a beberem como uma verdade insofismável”.
Luís Fernandes, da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto, destacou o “grande consenso” que existe sobre a “importância que os meios audiovisuais têm na criação do sentimento de insegurança”, com exemplos concretos como o caso do “arrastão” de Carcavelos em 2005, cujas “ondas de choque não se teriam verificado” sem a televisão.