Uma câmara já não é só uma câmara. Os sistemas de videovigilância passaram a fazer muito mais do que vigiar e gravar vídeo, graças à Inteligência Artificial e às suas subcategorias, como a aprendizagem automática (machine learning) e a aprendizagem aprofundada (deep learning). Na prática, estes mecanismos usam técnicas diferentes de computação para extrair informação – dados – do vídeo captado pelas câmaras. É a chamada analítica de vídeo, que pode variar muito na sua finalidade.
“Há câmaras que têm duas, três, quatro, cinco analíticas para detetar uma intrusão, uma entrada numa zona [delimitada], uma contagem de pessoas. Por exemplo, as câmaras de sistemas inteligentes de transportes já conseguem dar informação da matrícula, da cor, do modelo e da marca do carro, se a pessoa vai ao telefone ou se traz o cinto”, exemplifica Bruno Bento, diretor de vendas da Hikvision em Portugal, um dos maiores fabricantes do mundo de câmaras de videovigilância.