A AirLoom Energy está a testar um sistema de captação de energia eólica que assenta em “pistas e asas” e que promete ser mais eficiente do que as HAWT (de horizontal-axis wind turbine), as gigantes turbinas que vão aparecendo um pouco por todo o lado. A startup alega que o seu sistema “produz a mesma quantidade de energia do que as HAWT, a uma fração do tamanho e do custo”. Uma ronda de investimento liderada pela Breakthrough Energy Ventures, empresa de investimento montada por Bill Gates para apoiar tecnologias promissoras na área das renováveis, deu à AirLoom quatro milhões de dólares para continuar a desenvolver estes sistemas.
O sistema da AirLoom assenta na utilização de pistas onde o vento faz deslizar uma espécie de ‘asas’ e que gera a energia que é depois recolhida. Esta abordagem permite construir sistemas que podem ser personalizados em altura e dimensão, de forma a otimizar o posicionamento, o ângulo e a utilização. Outra vantagem é dispensar o uso de betão para poder ser instalado convenientemente. Por fim, estes sistemas podem ser montados a alturas inferiores do que as convencionais HAWT, contribuindo para reduzir o impacto paisagístico e o uso de terreno.
A startup quer avançar com um protótipo de 50 kW e espera eventualmente escalar para a ordem dos megawatts e construir quintas eólicas com centenas destes sistemas. Carmichael Roberts, da Breakthrough Energy Ventures, lembra que “durante décadas, a indústria da energia eólica reduziu os custos de produção de energia ao aumentar a escala das turbinas. Embora isto tenha sido bastante bem sucedido para baixar os custos, há o desafio em termos de localização e custo dos materiais. A abordagem única da AirLoom permite resolver ambos os problemas, abrindo novas oportunidades de mercado”.