O que acha de passar mais de 19 horas num avião? Pois, a Qantas tem vindo a estudar os voos diretos ultralongos e concluiu que faz sentido avançar com este tipo de serviços. Para o efeito, vai recorrer a versões do Airbus A350-1000, o avião comercial com maior raio da alcance, personalizadas para a companhia aérea australiana. Na configuração interior destes aviões, vão estar disponíveis apenas 238 lugares, menos que em outra qualquer configuração dos A350 atualmente em serviço. Por exemplo, vai existir uma zona de bem-estar onde os passageiros poderão circular, para relaxar um pouco, esticar as pernas e ingerirem líquidos. Para a primeira classe estão previstas pequenas suítes com camas verdadeiras. Na classe executiva, o espaço entre bancos será de cerca e 1 metro. Mesmo a classe económica, que ocupará cerca de um terço do interior do avião, terá mais espaço que o habitual
Segundo informações divulgadas pela Qantas e pela Airbus, todo o ar interior do avião será renovado em intervalos de dois a três minutos e os filtros HEPA instalados a bordo deverão ser capazes de remover 99,9% das partículas circulantes.
Ao todo, a Qantas deverá adquirir 12 Airbus A350-1000 para voos diretos que vão ligar algumas cidades australianas a cidades como Londres e Nova Iorque. Por exemplo, o futuro voo direto entre Sidney e Londres terá um tempo total previsto superior a 19 horas. Parece muito, mas é menos quatro horas que o atual voo que liga as duas cidades com uma paragem técnica para reabastecer. E 19 horas parecem ainda menos se compararmos o futuro voo com a primeira ligação aérea da Qantas entre Sidney e Londres, lançada em 1947: 58 horas com sete paragens.
