O Novo Atlas Europeu do Vento (NEWA, em inglês) foi apresentado durante a semana passada em Bruxelas, no decorrer do encontro da WindEurope, uma organização europeia que trata de assuntos relacionados com a energia eólica.
Esta nova ferramenta que pretende melhorar o aproveitamento deste tipo de energia, contou com o contributo do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), entre outras instituições, na realização de um estudo orográfico que passou por Portugal e teve lugar na Serra do Perdigão, em Vila Velha de Ródão, no distrito da Beira-Baixa.
Os contributos dados pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), o Instituto de Ciência e Inovação em Engenharia Mecânica e Engenharia Industrial (INEGI) e pelo Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG) focaram-se na recolha de dados, decisivos para definir a localização de futuros parques eólicos na região.
«O que queríamos era uma serra que reproduzisse as dimensões de uma lomba, com uma região à volta relativamente plana. Isso faz com que o vento se aproxime de forma relativamente uniforme» contou José Laginha Palma, coordenador do projeto, da FEUP, ao jornal Expresso.
Entre outras aplicações, estes dados permitem um melhor conhecimento dos níveis e poluição atmosférica, vigilância e estudo de fogos florestais, auxílio à navegação com drones e aviões e ainda estudar os padrões do vento para fins meteorológicos. Importa referir que a Fundação para a Ciência e Tecnologia deu um contributo na ordem dos 750 mil euros, embora ao todo o financiamento do projeto atinja os 14 milhões de euros.