O governo de Donald Trump não conseguiu provar indiscutivelmente que os equipamentos da Huawei e de outros fabricantes representem falhas de segurança ou estejam a ser usados para espionagem. No entanto, já expressaram estes receios publicamente várias vezes e acusaram a Huawei formalmente de violar sanções económicas e de vender segredos tecnológicos. Agora, o embaixador dos EUA na Alemanha escreveu ao ministro da Economia germânico avisando que o país poderá deixar de partilhar informação sensível, caso a Alemanha permita que fabricantes chineses contribuam para construir as redes 5G no país. O embaixador defende que a partilha de dados confidenciais é vital e não deve ser partilhada sobre redes menos seguras.
A Alemanha parece determinada em não largar mão da parceria com a Huawei depois de ter conduzido uma investigação interna que não encontrou qualquer risco. O risco de perder acesso a informação militar que seja sensível, pode virar o tabuleiro. O Wall Street Journal explica que a Alemanha pretende instituir algumas medidas para assegurar a transparência como executar inspeções periódicas ao código fonte ou ter uma vigilância próxima sobre as pessoas que gerem as redes 5G.
A ameaça dos EUA pode levar a que os aliados rompam as parcerias com a Huawei e outros fabricantes chineses, sob pena de perderem o acesso a dados de segurança vitais, ainda que esses países não considerem estas marcas potencialmente perigosas.