O governo dos EUA intimou a Microsoft a entregar dados de clientes armazenados em cloud, nos servidores que a empresa tem na Irlanda. A empresa alega que não deve entregar estes dados e que os EUA podem estar a interferir na soberania da Irlanda, ao exigirem estes dados sem a cooperação das autoridades locais.
O governo dos EUA, no entanto, defende que não há interferência, uma vez que os funcionários da Microsoft podem aceder a estes dados a partir do continente americano.
O juiz do caso decidiu a favor do governo americano numa primeira fase, explica a Reuters. Agora, a Microsoft pretende arrastar a batalha judicial, que dura desde 2013, e conta com aliados como Apple e AT&T, lobistas, entidades académicas e organizações como a American Civil Liberties Union.
A decisão deste caso pode causar impacto no segmento de cloud computing, uma vez que pode significar que os governos podem exigir os dados que as empresas armazenam nos servidores noutros países. O caso tem ainda importância acrescida à luz das batalhas judiciais onde as tecnológicas enfrentam as autoridades políticas, na sequência das revelações de Snowden.
As autoridades americanas informaram que pretendem aceder a dados de clientes da Microsoft que são essenciais para uma investigação a um caso envolvendo drogas. O recurso deve ser apresentado nas próximas semanas.