A Austrália está a trabalhar num mecanismo que permita bloquear domínios que alojem conteúdos extremistas durante situações de crise. «Estamos a fazer tudo o que podemos para negar aos terroristas a oportunidade de glorificarem os crimes», sublinhou Scott Morrison, primeiro-ministro australiano, sobre o plano.
O país está também a considerar a criação de legislação específica para obrigar as plataformas digitais a melhorarem a segurança dos serviços, de acordo com uma notícia revelada pela Reuters.
Além de um regulamento legal que enquadre estes bloqueios, os casos seriam analisados de forma isolada pelo comissário da segurança online da Austrália – figura que já estará a trabalhar em acordos com as empresas para bloquear os conteúdos em situações de crise.
O país passaria também a ter um centro monitorização que policiaria as plataformas digitais à procura de conteúdos extremistas, violentos ou de cariz terrorista.
Caso o plano avance tal como foi descrito pelo Reuters, serviços como o Facebook, Twitter e YouTube podem ficar com os domínios bloqueados na Austrália caso não consigam conter a disseminação de conteúdos violentos durante situações de crise.
O “apertar da malha” às plataformas digitais surge poucas semanas após um tiroteio em duas mesquitas na Austrália ter resultado em 51 mortos, ataque esse que foi transmitido em direto no Facebook.