Após um ano de estudo, o Comité das Comunicações da Casa dos Representantes (CCCR) da Austrália acaba de propor ao governo local duas medidas inéditas para o combate ao cibercrime: uma primeira que pretende minimizar a disseminação de vírus através do corte de acessos à Net para computadores que tenham sido contagiados por códigos maliciosos; e uma segunda que torna requisito obrigatório para obtenção de acesso à Net a instalação de mecanismos de segurança como antivírus e
firewalls.
Belinda Neal, presidente do CCCR, lembra que o vírus e afins já criaram uma economia subterrânea, com um custo anual de 649 milhões de dólares australianos (cerca de 460 milhões de euros).
"Na última década, o cibercrime deixou de ser um simples incómodo criado por hackers espertalhões e tornou-se um crime organizado e transnacional, que tem por principal objetivo o lucro chorudo, com consequências nefastas para as vítimas", refere Belinda Neal, citada pelo site News.com.au.
Quem julgar
O estudo Hackers, Fraudsters and Botnets: Tackling the Problem of Cyber Crime conclui que o aumento da largura de banda dos últimos tempos tem potenciado a disseminação de vírus entre os australianos.
Além das duas medidas mais drásticas, o estudo faz mais 32 recomendações. Criação de uma linha apoio para vítimas do cibercrime, tornar ilegal a instalação de aplicações pirateadas, e responsabilização das produtoras de antivírus (com indemnizações para as vítimas) figuram na lista de recomendações.
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***Este texto foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico***