A construção de Gunung Padang tem mais de 16 mil anos, ou seja, mais dez mil do que têm as pirâmides mais antigas do Egito. A confirmarem-se as conclusões de um novo estudo, esta descoberta tem o potencial de reescrever a História da civilização humana. Os investigadores de diversas instituições e universidades da Indonésia referem que a complexa pirâmide pré-histórica vai iluminar-nos sobre as “capacidades de engenharia de civilizações antigas durante a era Paleolítica”.
A estrutura de Gunung Padang tem a forma de uma pirâmide, adornada com pedra e construida no topo de um vulcão extinto. A maior parte das estimativas dão-lhe dois anos mil anos de idade, mas agora, a equipa liderada por Danny Hilman Natawidjaja conclui que é muito mais antiga do que isso. Natawidjaja faz parte de uma equipa especial constituída a pedido do presidente indonésio há dez anos e faz estas alegações controversas há algum tempo: “As pessoas pensam que a pré-história era primitiva, mas este monumento prova que estão erradas”, já dizia em 2013.
No mês passado, um estudo desta equipa publicado no Archaelogical Prospection indicava que as partes mais antigas da pirâmide tinham entre 27 mil e 16 mil anos de idade, baseando-se em vários testes, incluindo tomografias de resistência elétrica, radares, tomografias sísmicas e análise de amostras do núcleo.
Este estudo mostra “capacidades de pedreiro avançadas datadas desde o último período glacial” e “desafia a crença convencional de que a civilização humana e as técnicas avançadas de construção emergiram só durante o período quente do Holoceno ou no início do Neolítico, com o advento da agricultura, há 11 mil anos”, defendem os autores citados na Vice e que recomendam também a continuação da investigação.