
Um estudo que envolveu investigadores das universidades de Cardiff, Derby e Nottingham Trent, no Reino Unido, concluiu que os jogos on-line podem gerar uma dependência patológica. O estudo, que foi publicado no Addiction Research and Theory journal, considera que é nos Massively Multiplayer Online Role Playing Games (MMORPGs) que o efeito perverso dos jogos é mais acentuado, devido à complexidade de missões, que se estendem no tempo sem um fim estabelecido.
Os números apresentados pelo estudo também apontam para o aparecimento de uma tendência já com expressão no plano social: entre 7% e 11% dos jogadores de MMORPG revelam sintomas de dependência. Alguns dos inquiridos confessam passar 40, 60 ou mesmo 90 horas numa única sessão de jogo.
Os investigadores britânicos não só confirmam que há jogos on-line que podem ter um efeito viciante, como admitem que os governos ocidentais podem ser obrigados a tomar medidas que limitam o acesso a esses jogos.
Os autores do estudo recomendam à indústria que se antecipe a eventuais medidas de contingência. Entre as recomendações destinadas aos produtores de jogos, destaque para o desenvolvimento de jogos com missões mais curtas, que poderão levar à redução do período das sessões de jogo.
A UKie, entidade que representa os produtores de videojogos no Reino Unido, desvaloriza o estudo e reitera, em declarações reproduzidas pela BBC, que os videojogos que estão no mercado põem em prática princípios que respeitam a saúde e o bem-estar dos jogadores.