O Ariane 6 é a próxima geração de lançadores espaciais europeu, depois do já retirado Ariane 5. O novo projeto já está atrasado, depois de anomalias detetadas nos voos experimentais. A próxima fase de testes deve acontecer em outubro, altura em que a Agência Espacial Europeia (ESA no acrónimo em inglês) pretende estipular a data da estreia do novo foguetão.
O desenvolvimento do Ariane 6 custou quatro mil milhões de euros, mais do dobro do inicialmente previsto em 2015. A agência espacial francesa CNES e um consórcio liderado pelo ArianeGroup estão a coordenar os trabalhos de preparação do foguetão.
O Ariane 6 tem uma abordagem inovadora, com um estágio superior chamado Vinci que pode ser novamente ligado durante o voo, o que significa que conseguem ser feitas entregas de satélites em diferentes órbitas, numa única tentativa. Este estágio superior passou uma barreira de testes de 22 horas no dia 1 de setembro, durante as quais passou por diversas condições simuladas do que irá encontrar no espaço. O teste, explica o Space.com, envolveu ainda duas ignições do Vinci num tempo total de 680 segundos, o que foi considerado um sucesso.
Entre julho e agosto, diversas anomalias impediram os testes que estavam programados. Agora, em outubro, espera-se retomar as experiências a partir da plataforma de lançamento de Kouru, na Guiana Francesa, de onde o Ariane 6 vai ser operado.
Ainda esta semana, a equipa vai realizar alguns testes curtos e depois mover os esforços para Kouru para os testes mais longos.
Joseph Aschbacher, diretor-geral da ESA, confirma que “depois [dos testes] estaremos em posição de definir um período de lançamento para o Ariane 6, que será anunciado depois da série de testes ter sido realizada”.