Range Rover quê? É o que apetece perguntar depois de alguns dias ao volante do EV9 GT-Line. Como referimos no teste à versão com tração traseira, este carro não fica a dever nada aos grandes SUV das marcas premium tradicionais. Pelo contrário, o EV9 é, quanto a nós, a nova referência no segmento. É verdade que não encontramos bancos com costuras feitas à mão, relógios em cristal, nem outros luxos disponíveis, por exemplo, em modelos de topo das marcas alemãs. Mas será que esses elementos ainda representam verdadeiro luxo? Parece-nos que as novas gerações valorizam mais o minimalismo do design, a funcionalidade, a tecnologia e o espaço. Aspetos onde o EV9 ‘dá aulas’.
Até porque a falta de ‘rococós’ não significa menor qualidade de construção. Tudo pareceu-nos sólido, bem montado e com bom toque. Não menos importante, com uma boa aplicação do design funcional já referido. Há muitos exemplos, como a forma inteligente e prática de arrumar os diferentes bancos: quase tudo é elétrico e é fácil, por exemplo, aumentarmos o espaço para os passageiros na terceira fila à custa do espaço para os passageiros na segunda fila ou vice-versa. Há, mesmo, muitas possibilidades de arrumação do interior e de ‘jogar’ com os diferentes bancos. Mais, mesmo com lotação esgotada (sete lugares) ainda sobra um espaço generoso q.b. na mala – até porque os cabos de carregamento podem ficar arrumados na frunk. E se rebatermos os bancos, ficamos com um verdadeiro furgão, capaz de transportar praticamente tudo.