Setembro é o mês dos novos ciclos. Terminam as férias de verão e chegamos com energias recarregadas às escolas e empregos. Depois do investimento no descanso chega a preparação para o trabalho e para a educação e, com ela, a aposta em novos equipamentos, materiais e ferramentas que sabemos precisar. Mas, não será tempo de pensarmos também nos ciclos destes equipamentos?
Um exemplo concreto é o regresso às aulas, com o qual surge a compra anual do material escolar e, mesmo que nem todos façam parte da lista de obrigatoriedade, os aparelhos eletrónicos, seja um computador, um telemóvel, uns fones ou uma calculadora são elementos necessários.
Prova disso é que no primeiro trimestre deste ano – quando a escola tomou lugar nas secretárias e mesas de jantar das casas portuguesas – as vendas de portáteis atingiram os valores mais altos da última década. Entre janeiro e junho, as vendas dispararam para dar resposta aos métodos remotos de trabalho e ensino. Registou-se um aumento de 148% em unidades vendidas e, em valor, de 92%, segundo dados da consultora para o mercado tecnológico IDC.
Mas o novo nem sempre é empolgante. E, na tecnologia, a compra frequente de produtos novos tem consequências.
Atualmente, o impacto global do digital representa 4% das emissões globais de CO2 e a produção de eletrónica é responsável por perto de metade deste valor. Mas o regresso às aulas e a compra associada de tecnologia não precisam de contribuir para o aumento destes números. Hoje existem soluções mais sustentáveis que contrariam o impacto ambiental gerado pela aquisição anual deste tipo de produto.
Atualmente, o impacto global do digital representa 4% das emissões globais de CO2 e a produção de eletrónica é responsável por perto de metade deste valor. Mas o regresso às aulas e a compra associada de tecnologia não precisam de contribuir para o aumento destes números.
E se procuramos, cada vez mais, educar as gerações mais novas para a sustentabilidade e responsabilidade ambiental – e se são até estas quem mostra maior preocupação com o tema – não devemos nós relembrar as opções que existem quando se fala da aquisição de aparelhos que normalmente tanto gostam e, ainda para mais, em períodos tão marcantes e favoráveis ao consumo, como o regresso às aulas?
As soluções para contrariar esta questão de impacto no meio ambiente podem passar por dar uma segunda vida aos aparelhos e é aqui surgem como opção os produtos recondicionados. Estes permitem a diminuição da pegada individual, ao contribuírem para a economia circular sem abdicar da escolha de produtos em totais condições de utilização. No fundo é a escolha por produtos que podem estar como novos, com todas as garantias, mas com melhores preços.
A responsabilidade social e as mudanças necessárias para reduzir a pegada ambiental atravessam vários campos. Governamentalmente existem objetivos traçados e medidas de contenção para que nos tornemos mais verdes, as próprias organizações estão cada vez mais focadas no tema e desenvolvem iniciativas relacionadas com o assunto e, cada pessoa, na sua vida e nas decisões que toma diariamente pode também fazer a diferença. Às vezes basta olhar mais além e perceber que em campos, como o da compra de aparelhos tecnológicos, que não nos ocorreriam como impactantes para o meio ambiente, podemos fazer melhores escolhas.