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Depois de dois confinamentos e uma pandemia vivida em direto pelos quatro cantos do mundo, um dos temas que saltaram para a agenda mediática – e das empresas – foi o da saúde mental. Para as organizações, que lidam com novos modelos de trabalho, novos espaços e também com um novo paradigma no que se refere à disponibilidade dos trabalhadores para algumas tarefas e condições laborais, a questão exigirá empenho, investimento e um trabalho de longo prazo. Ana Sabino, psicóloga, professora e investigadora no Instituto Superior de Psicologia Aplicada (ISPA) quer acreditar que estas preocupações vieram para ficar, mas cita alguns dados do britânico Chartered Institute of Personnel and Development (CIPD) que, confessa, a deixaram alerta: num estudo pós-pandemia revelado recentemente, ”começamos a ver que, desde há cinco anos e até agora, o bem-estar começa a ser prioridade estratégica para as organizações. Nunca em grande destaque, mas já existia. Em 2021, atinge um resultado extraordinário como prioridade e, depois, todas as dimensões relacionadas com bem-estar e respetivo investimento por parte das organizações baixam em 2022. Baixam, não significativamente, mas baixam!”, nota. O que, confessa, espera não ser um sinal de que o tema vai sair de cena. “Acho que toda a sociedade tem um papel importante nisto de garantir que este pilar se mantém. Mas há um risco de que se sinta que já se fez o suficiente”, lamenta.
Ao lado, Catarina Horta, diretora de Capital Humano do Novo Banco, anui, mas mantém o otimismo, muito sustentado no programa implementado pela empresa a que pertence.